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Policial

Após 2 meses, idoso agredido em pagode não fala, não anda e família pede justiça

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Na última quinta-feira, 30, completou dois meses que o funcionário aposentado da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), Hélio de Oliveira Guedes, 63 anos, foi agredido com um soco pelo servidor comissionado do governo do Acre, Kayronn Oliveira Silva, durante uma confusão no Bar da Piscina da AABB, em Rio Branco.

A agressão deixou sequelas graves no idoso. Conforme a filha de Hélio, Camila Guedes, o pai convive com sérios problemas de saúde. “Meu pai saiu de uma vida independente, onde morava sozinho e no outro dia da agressão precisava de cuidados 24 por dia, mudou a vida de todo mundo para ajudar a cuidá-lo. O AVC provocado pelo soco deixou sequelas, o lado direito paralisado, meu pai só consegue andar se arrastando, se segurando na parede com muita dificuldade. O lado direito da boca também paralisou e o mais grave é a função cognitiva, ele não consegue falar as palavras, ele me ver, me reconhece, mas não saber dizer meu nome, isso é o mais grave”, afirma Camila.

A filha de Hélio reclama que após dois meses, a família tem poucas respostas sobre a investigação e que o agressor nunca ofereceu nenhum tipo de ajuda. “A gente pergunta, fica atrás, mas é difícil ter uma resposta. A última resposta que recebi da Ouvidoria do Ministério Público do Acre foi que solicitaram do delegado o processo, mas que ainda estava dentro do prazo. O agressor nunca ligou para a família, nunca ofereceu uma ajuda e está aí como se não tivesse acontecido nada”, diz Camila.

Ouvido pelo ac24horas, Kayronn Oliveira afirmou ter sido agredido primeiro pelo idoso e revidou. “Eu fui agredido pelo senhor e revidei a agressão. Eles querem denegrir minha imagem. As informações estão no livro de ocorrência da festa, onde os seguranças já colocaram. O que aconteceu foi uma agressão que foi revidada”, declarou.

Por Leônidas Badaró-ac24horas