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Policial

Com extensa lista de crimes, líder de organização criminosa é condenado a mais de 280 anos de prisão no Acre

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Apontado como líder de uma organização criminosa que atua no Acre, Jesuilson Pereira Gomes foi condenado a mais de 280 anos de prisão em nove processos julgados pela comarca de Brasiléia ao longo da última semana.

O acusado estava preso por crimes cometidos na Bolívia e foi extraditado para o Brasil em 2023. Em território boliviano, ele chegou a fugir do presídio de segurança máxima de Chonchocoro, em La Paz, no ano de 2020, e foi recapturado.

A lista de crimes atribuídos a ele no Acre inclui homicídios, pelos quais ele foi condenado a mais de 20 anos, além de roubos e corrupção de menores. Segundo o Ministério Público, dois dos processos tratam de crimes de 2018, antes dele ir para a Bolívia, e outros sete foram cometidos enquanto ele seguia na liderança da facção, mesmo à distância.

“O trabalho investigativo que levou à condenação de Jesuilson foi realizado pela Polícia Civil, que, com autorização judicial, utilizou quebras de sigilo telefônico para identificar o funcionamento da organização criminosa durante o período em que ele estava detido no presídio estrangeiro”, afirma o MP-AC.

Homicídios no Alto Acre
Jovem teve casa invadida e foi morto com tiro na cabeça na frente da mulher no interior do AC — Foto: Alexandre Lima/Arquivo pessoal
Jovem teve casa invadida e foi morto com tiro na cabeça na frente da mulher no interior do AC — Foto: Alexandre Lima/Arquivo pessoal

Gomes foi apontado como mandante de diversos homicídios e duas tentativas nos municípios de Brasiléia e Epitaciolândia, região do Alto Acre. Entre eles, o mais recente foi a morte do jovem Pedro Ribeiro Moreira, que teve a casa invadida e foi morto com um tiro na cabeça na frente da mulher em Epitaciolândia em julho de 2023.

Outro crime atribuído a Gomes foi a morte de André Araújo dos Santos, em maio de 2021, em Brasiléia. De acordo com a Polícia Civil, Santos foi morto por engano na casa de um amigo. Por esse crime, uma dupla já havia sido condenada a 60 anos de prisão.

Em março daquele ano, o motorista de aplicativo Airton Fernandes Ferreira foi vítima de uma emboscada ao aceitar uma corrida em Brasiléia. A principal suspeita é que a motivação do crime tenha sido a guerra entre grupos criminosos. Gomes foi condenado pelo crime, e outras seis pessoas haviam sido condenadas a penas que somam 110 anos.

Por g1 AC