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A historia de David Fuller, o ‘Monstro do Necrotério’, que abusou sexualmente de mais de 100 cadáveres

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David Fuller matou pelo menos 2 mulheres em 1987, mas também abusou sexualmente 101 cadáveres no seu trabalho num hospital britânico.
O legado sinistro de David Fuller como o “Monstro do Necrotério” é um daqueles que envia um calafrio pela espinha de cada indivíduo que toma conhecimento dele. No entanto, é crucial mergulhar na história deste homem para compreender a verdadeira amplitude de suas ações hediondas.

Esta jornada ao coração da escuridão começa no tranquilo condado inglês de Kent, onde Fuller nasceu e cresceu. À primeira vista, ele parecia ser um indivíduo comum, trabalhando diligentemente como eletricista. No entanto, sob esta fachada de normalidade, espreitava uma força malévola esperando para desencadear uma tempestade de terror.

O ano de 1987 marcou o início da descida de David Fuller à infâmia. A pacífica comunidade de Kent foi abalada pelos brutais assassinatos de Wendy Knell e Caroline Pierce.

Em 1987, Wendy Knell, de 25 anos, morava sozinha em Tunbridge Wells, Kent. A BBC relata que ela se mudou recentemente para lá depois de um casamento fracassado. Knell era independente, trabalhadora e esperava ter filhos algum dia. Ela primeiro se cruzou com David Fuller enquanto trabalhava como gerente de uma loja de fotos SupaSnaps, onde Fuller, um ávido fotógrafo, muitas vezes tirava suas fotos para serem desenvolvidas, de acordo com o Evening Standard.

Então, em 23 de junho de 1987, Knell foi encontrada morta em sua cama, nua e coberta de sangue. Os detetives determinaram que ela havia sido agredida sexualmente — possivelmente depois que ela já estava morta.
Apenas alguns meses depois, Kent foi abalo por outro assassinato aterrorizante.

Caroline Pierce, de 20 anos, também morava sozinha em Tunbridge Wells. Ela trabalhou no Buster Browns, um restaurante local — e mais tarde, as entradas no diário de Fuller revelariam que Fuller havia visitado aquele restaurante várias vezes.

Em 24 de novembro de 1987, os vizinhos relataram ter ouvido gritos do lado de fora da porta da frente do prédio de apartamentos de Pierce. Ela foi encontrada morta em uma vala três semanas depois, usando apenas um par de meias-calças. Seus ferimentos foram semelhantes aos de Knell, levando a polícia a suspeitar de um duplo homicídio pelo mesmo agressor.

Esses atos atrozes foram o primeiro vislumbre dos recessos sombrios da mente de Fuller. No entanto, as autoridades locais encontraram-se tateando no escuro, pois as pistas que levavam ao perpetrador foram ficando frias. As famílias de Wendy e Caroline ficaram para lamentar sem uma resolução à vista, enquanto o assassino vagava livre.

COMO DAVID FULLER SE APROVEITOU DO HOSPITAL PARA COMETER MAIS DE 100 CRIMES
Sem o conhecimento de todos, as inclinações criminosas de Fuller se transformaram em algo ainda mais sinistro ao longo do tempo. Seu emprego em um hospital local acabou sendo uma oportunidade sombria. O necrotério, um lugar destinado à guarda respeitosa dos mortos, tornou-se um parquinho grotesco para Fuller. Com o tempo, ele cometeu abusos sexuais em mais de 100 cadáveres, um horror difícil de imaginar. Cada ato foi uma afronta flagrante à santidade da vida e da morte, uma descida a um reino do mal que a maioria nem poderia imaginar.

AVANÇOS NA CIÊNCIA
O véu de sigilo que envolvia os atos sombrios de Fuller começou a se levantar com os avanços na tecnologia forense. À medida que a ciência da análise de DNA progredia, os casos arquivados de Wendy Knell e Caroline Pierce foram reabertos. O ano de 2021 viu o braço longo da lei finalmente alcançar David Fuller, quase 34 anos após seus crimes iniciais. A revelação de sua identidade foi um choque para a comunidade, pois o “Monstro do Necrotério” foi finalmente desmascarado. No entanto, a prisão trouxe mais do que apenas uma sensação de encerramento para as famílias das vítimas; revelou uma narrativa de horror que permaneceu oculta por décadas.

CONDENAÇÃO DE DAVID FULLER
O julgamento de David Fuller foi uma janela para as profundezas da depravação humana. O relato de seus crimes no tribunal não apenas pintou um quadro sombrio do próprio homem, mas também expôs a supervisão flagrante na segurança do necrotério. A facilidade com que Fuller violou a santidade do necrotério foi uma percepção angustiante das lacunas nas medidas de proteção em torno dos falecidos.

David Fuller foi condenado à prisão perpétua em 15 de dezembro de 2021.

A história de David Fuller não é apenas o conto de um indivíduo distorcido, mas um capítulo sombrio na história dos atos criminais. À medida que os detalhes de seus crimes foram revelados, a nação teve que enfrentar a realidade do que um homem era capaz. O apelido de “Monstro do Necrotério” foi um testemunho arrepiante dos horrores que se desenrolaram nos cantos tranquilos de uma pequena cidade inglesa.

Por Lucas R. Misterios do Mundo