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Política

Comidas regionais e arte indígena marcam Feira da Economia Solidária na Praça dos Seringueiros

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Mais uma edição da Feira da Economia Solidária apresenta arte indígena e opções de alimentos da gastronomia regional para apreciadores de vários gostos neste final de semana, na Praça do Seringueiro, em frente ao Memorial dos Autonomistas, no centro de Rio Branco.

A Feira da Economia Solidária iniciou nesta sexta-feira, 19, Dia dos Povos Indígenas, durante a abertura do Seminário Promovendo Diálogos: Territorialidades, Ancestralidade e Políticas Públicas, organizado pelo governo do Acre, por meio da Secretaria Extraordinária dos Povos Indígenas (Sepi).

A empreendedora, Janaína Queiroz, que comercializa tacacá, rabada, galinha picante, bolo e suco de laranja, se emociona ao ressaltar a contribuição da Economia Solidária para atingir sua renda financeira: “Tem sido uma porta muito grande na minha vida”, disse a comerciante.

A empreendedora, Sandila Soares, que trabalha há dois anos com salgados fritos destacou a busca dos consumidores pelos quibes de arroz e de macaxeira. Sandila também comentou a importância do espaço da Economia Solidária para geração de recursos financeiros: “Ajuda bastante. É uma oportunidade única. E a gente aproveita com toda a responsabilidade, toda a garra, para poder vender e trazer uma renda para a gente”, disse.

Atraída pelos produtos da feira, a operadora de teleatendimento, Ivanilde Andrade, admite que gosta de feiras que comercializam comidas regionais. “Eu vejo que o público procura por isso aqui. Eu estava indo ao serviço e eu vi a feira aqui. Eu pensei: ‘vou lá comer alguma coisa”, comentou Ivanilde.

Arte Indígena
Txana Natu Huni Kuin, empreendedor da arte indígena, ressaltou a importância desta arte, inclusive na data que celebra os Povos Indígenas: “Todo dia é nosso dia. Mas hoje é uma data especial que o Brasil colocou para nós e estamos comemorando e trazendo para o outro essa arte, as nossas joias, que são valiosas para nós”, disse.


Além de Txana, também participaram da feira artesãos indígenas que vendem acessórios como colares e brincos, além do rapé – medicina sagrada que promete cura fisicamente e espiritualmente; e pintura corporal – manifestação artística dos povos originários.

A artesã Rosa Nascimento, da etnia Kaxinawá, que vende pulseiras, brincos, colares e cachecol, conta como aprendeu a confeccionar as peças: “Minha mãe, minha avó e minha tia, me ensinaram [a produzir as peças]”, disse. Rosa também trabalha com a pintura corporal e a venda de rapé.

Em visita à Feira dos Povos Indígenas, o corretor de imóveis, Carlson de Moraes, natural do Espírito Santo, explicou a satisfação em conhecer mais da cultura dos povos originários do Acre: “Nessa oportunidade, aqui em Rio Branco, conhecendo o que é verdadeiramente a cultura, o artesanato indígena, é realmente uma coisa muito bonita e diferenciada”, ressaltou.

Economia acreana
A diretora de Empreendedorismo da Sete, Bianca Marques, avaliou a contribuição das feiras da Economia Solidária para o fomento da economia local. Para a diretora, estas feiras “São oportunidades de geração de renda para nossos empreendedores que se preparam para ofertar as melhores opções aos consumidores”, ressaltou.

Quanto ao comprometimento do governo do Estado do Acre, por meio da Sete, em trazer melhorias para a economia local, a diretora destaca: “Nós estamos perto desse segmento, ouvindo as sugestões e, neste ano de 2024, teremos muitas novidades como novas feiras e capacitações para nossos empreendedores”, disse Bianca Marques.

Esta edição da Feira da Economia Solidária continua neste sábado e domingo, 20 e 21 de abril, na Praça dos Seringueiros, em frente ao Memorial dos Autonomistas, a partir das 17h.

Por Leandra Haerdrich- Agência de Notícias do Acre

Fotos: Raphaela Barbary/Sete