Bombeiros e Lar dos idosos em Tarauacá recebem doações para população atingida pelas enchentes

No feriado de carnaval, em fevereiro de 2021, o nível de vários rios no Acre subiram e as águas invadiram as casas, alagaram ruas, órgãos públicos, comércios, mas, afetaram, especialmente, as pessoas que moram mais próximas das margens dos rios. Em Tarauacá, distante cerca de 400 quilômetros da capital acreana, o nível dos dois rios que contornam a cidade, um batizado com o mesmo nome do município e outro chamado Muru, ultrapassaram a cota do transbordo em 1,5 metros, atingindo de 80% da cidade.

Agora, as águas baixaram, mas sobram os efeitos, bens que se deterioraram, sujeira, a lama, que gera um odor forte, pois, a enchente carrega os lixos, esgotos tudo para dentro das casas. Para minimizar os impactos e auxiliar as famílias que precisaram sair de suas casas, perdendo móveis, roupas, documentos, comida e outros bens, o Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) lançou a campanha SOS Acre, que ganhou abrangência nacional, além do apoio do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC). E, nesta quinta-feira, 4, essas instituições juntamente com a Associação dos Magistrados do Acre (Asmac) entregaram mantimentos arrecadados para moradores de Tarauacá.

Kits de limpeza, máscaras, álcool em gel, garrafas com água, cestas básicas foram distribuídos em dois locais, no Corpo de Bombeiros e no Lar Novo Hamburgo, que acolhe idosos. A doação ocorreu seguindo os protocolos de saúde para evitar a propagação da COVID-19, tendo em vista que o estado também passa por um momento crítico com elevação das taxas de contaminação, crescente número de mortes causadas pela doença e falta de leitos tanto hospitalares, quanto de UTI.

Participaram do momento a presidente do TJAC, desembargadora Waldirene Cordeiro, o promotor do MPAC Lucivan Nery, a presidente da Associação dos Magistrados do Acre (Asmac), juíza de Direito Maria Rosinete, a juíza de Direito Ana Paula Saboya, assim como, servidores da Justiça estadual.

A presidente do TJAC agradeceu a colaboração dos vários entes públicos e o engajamento da população e empresas de outros estados do Brasil na campanha para amparar o Acre. Para a desembargadora Waldirene Cordeiro a junção de esforços é essencial e gera solidariedade, afinal, como ela esclareceu, “A Campanha SOS Acre não é obrigação, é solidariedade”.

Ao receber os colchões e os outros itens, a diretora do Lar Novo Hamburgo, Teresinha Acioly, revelou que as águas suas invadiram o local no meio na noite, ficando na altura da cintura. Foi necessário retirar os idosos abrigados às pressas e perderam muita coisa. Por isso, as doações e apoio são essenciais.