Outras
(Vídeo) Ribeirinho encontra fósseis de dinossauro no interior do Acre
O homem conhecido por Gerimar, 38 anos, agricultor, morador da comunidade Santana, no Alto Purus, no município de Boca do Acre, entrou em contato com o Jornal Opinião para noticiar que havia encontrado mais fósseis que supostamente são de dinossauros que viveram na região há alguns milhões de anos.
As partes ósseas, que já estão petrificadas, foram encontradas pelo ribeirinho durante sua rotina do dia a dia, praticamente no mesmo lugar em que fez os primeiros achados. Gerimar conta que como já teve contato com esse tipo de material, logo reconheceu que não se tratava de uma ossada qualquer, mas de um animal de porte gigantesco, em razão das dimensões.
O morador disse que não sabe precisar de qual parte do corpo pertencem os ossos. Gerimar expressou a preocupação com o restante do material que ainda está às margens do rio Purus, na comunidade Cajueiro, que ele não conseguiu coletar, por não ter as ferramentas adequadas.
“Gostaria que essa informação chegasse até o pessoal da Ufac, para que eles organizassem um grupo para vir aqui, retirar o restante dos fósseis, antes que o período da cheia comece”, disse o morador.
O “descobridor” do Purussaurus
Foi Gerimar quem primeiro descobriu os restos mortais do Purussaurus Brasiliensis, até agora considerado o maior jacaré que já habitou o planeta Terra. Na época foi um grande acontecimento, que colocou Boca do Acre em evidência no cenário nacional, por se tornar um verdadeiro sítio arqueológico.
Nessa mesma região onde foi descoberta a existência do Purussaurus, também foram encontrados ossos de uma ave, cuja idade também remete aos dinossauros.
Sítio arqueológico
O já denominado sítio arqueológico do Cajueiro, que faz alusão à comunidade ribeirinha de mesmo nome, foi estabelecido em 2019, quando as equipes do paleontólogos da Universidade Federal do Acre (UFAC) e do MUSA ( Museu da Amazônia), visitaram o lugar e lá fizeram grandes descobertas, como a mandíbula do Purussaurus Brasiliensis, que começou a ser retirada em 2020, mas com o trabalho concluído somente em 2021.
Os pesquisadores afirmam que o sítio arqueológico do Cajueiro é muito bem avaliado por oferecer ótimas condições de escavações, um grande número material, desde as partes grandes às minúsculas. de além da capacidade natural de conservação do que é encontrado, e que os fósseis descobertos na região, datam de 5,3 milhões de anos
Por Agostinho Alves