Política
“Não queremos acabar com a Polícia Civil, queremos fortalecer a instituição”, diz Rocha
O governador do Acre em exercício, Major Rocha, afastou qualquer rumor sobre o suposto fim da Polícia Civil durante o programa de rádio “Fale com o Governador”
Wesley Moraes
O governador do Acre em exercício, Major Rocha, afastou qualquer rumor sobre o suposto fim da Polícia Civil durante o programa de rádio “Fale com o Governador” deste sábado, 4. Sempre firme, o gestor trouxe a verdade sobre a proposta de Reforma Administrativa em readequar o órgão e fortalecer, ainda mais, o Sistema de Segurança Pública no combate à criminalidade, área esta que sofreu com o descaso de gestões autoritárias e colocou o Estado entre os mais violentos do país.
“O diretor de Polícia Civil continuará tendo orçamento próprio, vai ser ordenador de despesa, vai pagar diárias e o orçamento continua sendo da Polícia Civil. Não queremos acabar com a Polícia Civil, pelo contrário, nós queremos fortalecer a instituição e queremos que ela continue com a autonomia financeira e administrativa, mas nós temos uma linha que será ditada pela Secretaria de Segurança Pública e todos os órgãos precisam estar antenados com esse planejamento que já está em curso”, salientou.
“A Polícia Civil vai se subordinar, operacionalmente, ao diretor de polícia, mas, estrategicamente, quem vai dizer a política de Segurança do Estado é o secretário de Segurança Pública. Como já acontece com o ISE, a PM e o Iapen”, completou.
A Polícia Civil vai se subordinar, operacionalmente, ao diretor de polícia, mas, estrategicamente, quem vai dizer a política de Segurança do Estado é o secretário de Segurança Pública. Como já acontece com o ISE, a PM e o Iapen.
Ainda sobre o assunto, Rocha citou que existe uma guerra de interesses escusos por parte de um grupo que insiste em se sobrepor a verdadeira função desempenhada pela Polícia Civil e criar polêmicas no campo político-partidário. O gestor condenou a prática e disse que a população é quem perde com esta instabilidade na instituição.
“Dentro da Polícia Civil, infelizmente, há uma guerra interna e isso tem gerado alguns transtornos para a instituição e tentou-se vender a ideia de que o Governo tentou acabar com a Polícia Civil. Isso é uma grande mentira e, talvez, na intenção de criar uma grande desordem e até atrapalhar o trabalho que a Polícia Civil vem fazendo no combate à criminalidade”, enfatizou.
Rocha assegura criação do Batalhão de Fronteira para este ano
Major Rocha revelou durante o programa, que mais um compromisso firmado no Plano de Governo está prestes a se concretizar. Trata-se da criação do Batalhão de Policiamento de Fronteira que ficará responsável pela prevenção e repressão de crimes transfronteiriços.
“Já estamos em fase final de projeto para a criação de uma unidade especializada em fronteiras”, disse Rocha.
“Já estamos em fase final de projeto para a criação de uma unidade especializada em fronteiras. Então, nós teremos até o meio do ano ou um pouco mais a criação dessa Unidade de Fronteira que vai combater esses crimes”, frisou.
Rocha reforçou que é necessário priorizar o controle das fronteiras, sobretudo, no combate ao tráfico de drogas. O gestor falou que avanços importantes já foram firmados com a polícia peruana e tratativas serão iniciadas com autoridades bolivianas para o fortalecimento das ações, em conjunto, entre os três países.
“O Acre tem vocação natural para o agronegócio”
Defensor de políticas públicas que provoquem o verdadeiro desenvolvimento para o Estado, o governador em exercício, lembrou dos erros cometidos por administrações passadas no que se refere a produção rural e mostrou-se otimista com a nova era de prosperidade e progresso que está por vir. Rocha acredita que a guinada econômica virá do campo ao lembrar que o Acre tem vocação natural para a agricultura.
“Infelizmente, no momento em que o agronegócio explodiu no Brasil e que hoje é a grande locomotiva desse país, o Acre se fechou para o mundo. Então, nós temos que retomar essa nossa vocação natural porque o Acre é o Nordeste sem a seca e o Sul sem a geada. Temos uma terra abençoada que precisa produzir e sem deixar de reconhecer o potencial gigantesco da nossa biodiversidade”, pontuou.
Para o gestor, o momento é de reverter o cenário que se encontra a Economia. Major Rocha afirmou que o Acre precisa encontrar alternativas para suprir a total dependência de repasses federais e o Governo não pode ser mais o principal empregador.
“Os Estados que cresceram e deram certo foram aqueles que apostaram na iniciativa privada e é o que nós queremos fazer. Não só com a produção agrícola, mas, também, com o empreendedorismo e outras iniciativas que fomentem a geração de empregos”, argumentou.