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Justiça Sobre Rodas integra ação social na zona rural do Bujari

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Atendimentos da equipe do Poder Judiciário foi acompanhado pela juíza substituta da Comarca do Bujari Vivian Buonalumi Tacito Yugar e da secretária de Projetos Sociais do TJAC Regiane Verçoza


Equipe da Coordenadoria Estadual das Mulheres Vítimas de Violência Doméstica e Familiar (Comsiv) do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) esteve na sexta-feira, 30, com o ônibus do Projeto Justiça sobre rodas, na Escola Estadual Rural Pedro Gomes de Lima, localizada no Projeto de Assentamento Walter Acer, zona rural do município de Bujari.

A atividade faz parte da ação integrada da Unidade de Acolhimento a Mulher (Ônibus Lilás), da Secretaria Estadual da Mulher, do Governo do Estado do Acre. O foco dos atendimentos são as mulheres, mas toda a comunidade foi atendida. Atualmente, o Projeto de Assentamento Walter Acer possui 530 famílias.

Os trabalhos da equipe do Poder Judiciário foi acompanhado pela juíza substituta da Comarca do Bujari Vivian Buonalumi Tacito Yugar e da secretária de Projetos Sociais do TJAC Regiane Verçoza. Além dos atendimentos no ônibus, houve também a distribuição das cartilhas do Programa Justiça e Cidadania na Escola, juntamente com orientações às crianças sobre princípios básicos de direitos e deveres.

Das 8h as 13h, além de assistência jurídica com equipe de servidores do TJAC, também foi ofertado atendimento nas áreas da saúde, assistência social, além de palestras e ações sociais com cortes de cabelo.

 

Geovana Castelo Branco, representante o Movimento de Mulheres Camponesas e presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher do Acre (CEDIM), falou sobre a relevância da atividade para a comunidade. “A importância de uma ação assim com tantos serviços ofertados é muito grande. Então a gente vendo a necessidade dessas orientações, auxílios, consultas, pois são pessoas muito carentes e que por vezes identificamos violência contra a mulher. Além disso, existia uma demanda que a comunidade cobrava por esses serviços. Agradeço muito a desembargadora Eva por proporcionar uma equipe do judiciário aqui”

Marisa* (nome fictício) estava trabalhando numa das equipes que realizavam atendimentos e procurou a unidade do Justiça sobre rodas para solicitar renovação do documento de medida protetiva. Ela falou da importância de uma unidade da justiça ir até comunidade realizar atendimento.

“Sim, eu estava trabalhando aqui e aproveitei pra fazer essas solicitação aqui no ônibus da justiça. Então, se pra mim que moro em Rio Branco, já é de grande importância, imagina para as mulheres que moram aqui? Talvez muitas dessas mulheres nem soubessem que sofriam violência, daí a importância de uma ação pedagógica. A justiça vindo até a comunidade fica mais fácil o acesso delas à justiça”, finalizou.

Adeilson de Sousa Melo. “Sousa com S”, avisa Adeilson. Por causa dessa única letra trouxe transtorno para ele e suas duas filas. Assim, ele foi até a escola onde aconteciam os atendimento para tentar renovar os documentos de RG das filhas, mas as Certidões de Nascimento constavam erros, pois o Cartório registrou “Souza”, e seu sobrenome é “Sousa com S”, como já havia dito.

Aldeilson foi ao Cartório tentar fazer a correção, mas foi informado que para cada Certidão teria de pagar R$ 200, resultando em R$ 400 para retificar os documentos. Ele disse que não tem condições de arcar com esse custo. Assim, ele procurou o ônibus Justiça sobre rodas e relatou seu problema a juíza econseguiu a gratuidade para os documentos.

Com o problema resolvido, Adeilson falou sobre o atendimento. “Pra mim, esse atendimento foi de grande importância. Porque na época que tentei resolver isso, fui orientado que teria que registrar o caso na Justiça, esperar a audiência, que não tinha data pra acontecer. Aqui, em poucos minutos, resolvi tudo com tranquilidade. Já imaginou o tanto de tempo e dinheiro que economizei? Gostei demais do atendimento e agradeço muito a Justiça”, disse o sorridente Adeilson Sousa (com S!).

TJAC