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Ex-faxineiro, MC Daniel vê cachê de show duplicar após matéria no ‘Fantástico’; saiba o valor
Foi o próprio funkeiro de 25 anos quem contou a novidade para seus seguidores
O cara do momento. É assim, sem falsa modéstia, que MC Daniel se descreve em seu perfil no Instagram. Exagero não é. O funkeiro vem conquistando mais espaço nos últimos meses e até virou pauta na edição do “Fantástico” no último domingo. Depois da reportagem, o cachê de Daniel aumentou de valor, ou melhor, duplicou. E foi o próprio quem contou a novidade para seus seguidores.
“Espetáculo estava R$ 100 mil, depois da matéria no Fantástico com o anúncio do show novo, por merecimento, R$ 200 mil o cachê do homi”, contou MC Daniel, que trabalhava até 2018 como faxineiro de um restaurante. “Limpava banheiro, chão, mesa. Era provação todos os dias… Ganhava R$800”, lembrou ele.
Ao ser provocado pelo namorado de uma fã na última semana, num episódio que culminou em agressão verbal e física, muita gente se questionou por que MC Daniel não revidou o moço. Vontade certamente não faltou. Mas o funkeiro teve aqueles dez segundos para pensar em tudo o que estava em jogo caso o fizesse. Aos 25 anos, há pouco mais de dois, Daniel Oliveira Felizardo faz jus ao último sobrenome. Não que tenha contado com a sorte. Essa nem sempre lhe sorriu. Ao não socar o sujeito, ele quis preservar a boa relação com os fãs e as grandes marcas, que viram em seu perfil uma mina de ouro.
“Nasci pobre, não nasci burro, não. O foco é o malote, ficar rico, não pagar de machão e morrer duro”, justificou ele num de seus stories, com a mesma sinceridade que tem ao falar quanto ganha ou quanto gasta. Daniel faz parte de uma geração que não tem vergonha do dinheiro.
Ele cobra em média R$ 100 mil por uma hora de show. Pode variar para mais ou menos dependendo do formato e das datas. No réveillon e carnaval isso triplica. Fora as publis que faz, colabs e seus empreendimentos. No ruim, o MC fatura por mês cerca de R$ 4 milhões. Nada mal para quem até dois anos atrás era faxineiro.
Para ajudar a sustentar a casa, que tinha a mãe como provedora, Daniel foi trabalhar como auxiliar de limpeza de uma rede famosa de restaurantes.
“O trampo era pesado, tinha muita coisa para fazer. Acordava bem cedo! Entendia que fazia parte, precisava pagar as contas, ajudar minha família. Mas, meu sonho sempre foi a música e disso jamais abriria mão”, contou ele no podcast “Denilson Show”.
Até começar a cantar e explodir com “Tubarão, te amo”, ao lado de MC Ryan, outro desses medalhões do novo funk, Daniel foi produtor de alguns cantores, como Xamã, que deu força para que o menino franzino, de cabelos compridos e oleosos, virasse artista.
Antes da música, porém, ele teve o sonho de se tornar jogador de futebol. Um caminho perseguido por muitos garotos que, como ele, nasceram sem grandes perspectivas de mudar de vida a não ser pela bola nos pés. Levava jeito, chegou a ficar na mira de olheiros do esporte, mas aos 17 anos teve uma lesão no joelho que interrompeu seu sonho. Veio a depressão.
“A música veio dentro de uma fase ruim na minha vida, de uma depressão que eu entrei depois que eu machuquei meu joelho, não consegui jogar bola, e perdi uma pessoa muito importante na minha vida. Peguei essa luta para mim e coloquei na música. Criei o alterego do Falcão para me livrar da depressão”, explicou ele em outra entrevista, ao justificar a alcunha que criou para si mesmo, Falcão do Funk.
De acordo com ele, o falcão o representa porque é um animal rápido, forte, que voa alto e tem uma boa visão. Inegável que o menino tenha razão. Das polêmicas em que se mete até as músicas que faz, tudo se torna notícia. A última gravação, “Obrigado pelo fim” (que muitos viram como uma indireta para Mel Maia, a ex-namorada) já atingiu números milionários em poucos dias. A tendência é que se torne mais um hit do moço.
Hoje, MC Daniel se tornou um empresário, além de artista. Emprega 150 pessoas, tirou os administradores de sua vida financeira das cadeiras e colocou os pais nelas para ter tempo livre de criação.
“Eu já tenho muita coisa para cuidar na cabeça, não quero ficar a par disso. Eu tirei meu pai e minha mãe do emprego deles, coloquei uma pessoa para ensinar eles e hoje eles trabalham comigo”, contou ele ao “TV Fama”.
Durante o ano, no entanto, teve que administrar uma crise e acabou demitindo 18 pessoas da equipe: “Eu acredito muito nas pessoas e sou muito inocente. Na minha equipe, hoje, trabalham comigo 153 pessoas, entre rua, assessoria, publicidade, empresas. De rua, show, trabalha comigo 19. Em um ano, tiveram que ser demitidos 18 pessoas devido a expor minha vida, sumiu um dinheiro, um tênis, uma camisa. É muito doido, é complicado confiar nas pessoas”.
É que a vida do cara rende. Agora, por exemplo , o namoro, ainda não assumido, com Yasmin Brunet atiça a curiosidade de fãs e até haters: “Doce ironia quando alguém tenta te derrubar e acaba de cara no chão, que Deus me blinde de todo mal olhado e inveja contra mim”.
A segurança com que age chega a ser curiosa. Afinal, até bem pouco tempo atrás, MC Daniel não era esse poço de autoestima. Nem bonito era. Há pouco tempo, passou por uma série de procedimentos no rosto: “Sim, eu fiz alguns procedimentos estéticos no meu rosto, troquei minhas lentes, diminuí minha gengiva, fiz harmonização. Vejo que muita gente fala: ‘pô, ele ficou bonito do nada’”.
O corpo ganhou músculos e incontáveis tatuagens, que continuam se multiplicando sobre a pele. Quem vê pensa que nele reside um bad boy. Besteira. Tudo não passa da construção de uma imagem. No fundo, o garoto de Taboão que só queria fazer gol, é um jovem que chora no colo do avô, como fez ao comprar a mansão de R$ 8 milhões na mesma cidade em que foi criado, participa de cultos na casa da avó e, apesar de ter na garagem carros de R$ 1 milhão, relógios Rolex no valor de R$ 200 mil, tênis de edição limitada de R$ 260 mil, gastar R$ 100 mil em uma hora comprando camisetas, o que o deixa feliz e verdade é abrir as duas geladeiras que tem na cozinha, daquelas duplas, e encontrar seus iogurtes preferidos.
“”Sempre foi meu sonho ter uma, bem cheia, com tudo o que dá pra comer. Já passei muita vontade”.
Por EXTRA