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Empresa renova contrato para a compra de borracha em Sena e em outras cidades do Acre

No ano passado, foram comprados por esta cooperativa em torno de 14.046 quilos do referido produto.

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em

Por: Edinaldo Gomes

Considerada como o “ouro negro da Amazônia” em décadas passadas, a borracha que é produzida a partir da extração do leite da seringueira continua sendo comercializada na cidade de Sena Madureira. No ano passado, segundo dados da Cooperiaco, foram comprados por esta cooperativa em torno de 14.046 quilos do referido produto.

A Cooperiaco confirma que a maior produção é originária do rio Macauã, seguida pelo rio Iaco, caeté e Purus. No Purus, em particular, há apenas um seringueiro em atividade atualmente fornecendo a borracha.

Para este ano, segundo informou Dona Lila, gerente da Cooperiaco em Sena Madureira, quem produzir a borracha vai ter pra quem vender. Uma empresa denominada Veja que trabalha com a fabricação de tênis renovou um contrato com a Cooperacre, possibilitando a compra do produto.

Com relação ao preço, há uma diferença clara, onde a borracha oriunda da seringueira nativa tem um valor maior em comparação à borracha feita a partir da seringueira de cultivo – aquela que é plantada pelo extrativista. “O quilo da borracha nativa estamos comprando pelo preço de 8 reais. Já a de cultivo, o quilo é comprado por 4,50 reais”, informou dona Lila.

Além desse valor, ainda existe um subsídio do Governo Federal, de 3,80 reais em cada quilo. Porém, só pode acessar esse subsídio quem está com o nome limpo, sem restrições no SPC ou Serasa.

Somente neste ano, a Cooperiaco já comprou 915 quilos de borracha em Sena Madureira.

Segundo reza a história, Sena Madureira já foi uma das cidades que mais produziu borracha no Estado do Acre. Com a vinda de Nordestinos para esse território, vários seringais foram abertos nos mais diversos rios e todos os anos as embarcações se enfileiravam com destino ao porto do município carregadas do “ouro negro”. Com o passar do tempo, muitos seringueiros abandonaram as colocações para morar na zona urbana, fator determinante para a queda na produção. Soma –se a isso outro fator importante – a desvalorização do produto.

Entre os destemidos homens que se aventuraram na selva Amazônia para cortar seringa, alguns conseguiram se aposentar como soldados da borracha, outros ainda hoje tentam acessar esse benefício.

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