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Cresce incidência de Aids no Acre; são 71 novos casos só nos primeiros meses de 2019
O mais recente levantamento realizado pela Divisão de DST/Aids da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre),
LAMLID NOBRE,
O mais recente levantamento realizado pela Divisão de DST/Aids da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), no último dia 20 de maio, revela que só nestes primeiros cinco meses do ano foram confirmados 71 novos casos de pessoas portadoras do vírus HIV, o vírus da imunodeficiência humana, causador da aids.
De acordo com a gerente da divisão de DST/Aids da Sesacre, Maria do Carmo Guimarães, nos 22 municípios do Acre, o total de casos confirmados é de 985, nos últimos cinco anos, de 2015 a maio de 2019. As cidades acreanas com maior incidência de pessoas portadoras do vírus são: Rio Branco, com 672 casos; Sena Madureira, com 71 casos; e Cruzeiro do Sul, com 47 casos.
“São pessoas em tratamento que estão recebendo os medicamentos antirretrovirais. Se analisarmos, temos um acrescido. Só em 2019 registramos 71 novos casos e o numero só vem crescendo”, destacou ela.
A gerente atribui ao aumento dos números o fato de que o diagnóstico é, atualmente mais precoce. “Temos mais oferta da testagem rápida para que a pessoa possa conhecer seu estado sorológico o quanto antes e ser encaminhada logo para o tratamento e ter uma vida saudável, uma sobrevida em relação vírus HIV.”, explicou.
Outro dado apontado no levantamento, segundo ela, é que maior incidência do vírus se dá entre a população mais jovem, de 13 a 29 anos e entre pessoas heterossexuais. “Dentro desta categoria de exposição, a taxa entre o sexo masculino é grande. Os homens com 57,8% e as mulheres heterossexuais com 97% .”, revelou Maria do Carmo.
Ainda segundo ela, quanto antes o diagnóstico, melhor para que a pessoa com o vírus possa ser acompanhada pelo Serviço de Atendimento Especializado (SAE). “Nós recomendamos que o paciente, assim que saiba do diagnóstico, realize o tratamento. Hoje são dois comprimidos ao dia, e não mais o coquetel como antes. Nossa meta é reduzir a mortalidade das pessoas com HIV e ofertar preservativos cada vez mais para que as pessoas tenham consciência do uso continuo em todas as relações sexuais.”, alertou.