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Claudia Jimenez morre aos 63 anos no Rio

O Brasil se despediu neste sábado

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O Brasil se despediu neste sábado (20) de Claudia Jimenez. A atriz morreu no Rio de Janeiro, aos 63 anos. Ela deixa um legado de personagens inesquecíveis.

Atriz, humorista, dubladora e roteirista. Carioca da gema, Claudia Jimenez tinha 63 anos. Era caçula de uma família de quatro irmãs.

Começou a carreira de atriz no teatro amador e logo surgiu o convite para a televisão.

“Eu estava fazendo a ‘Ópera do Malandro’, que era o meu primeiro trabalho profissional em teatro. Aí, o Mauricio Sherman um dia foi assistir a peça e falou: ‘Ah, vou levar essa menina pra televisão’. E me levou. E fui fazer o ‘Viva o Gordo’, que estava estreando, o programa com o Jô”, relembrou a atriz em entrevista em 1997 à GloboNews.

Um dos maiores parceiros da vida profissional foi Chico Anysio. Claudia participou de “Chico Anysio Show” e, na década de 1990, contracenou com ele na “Escolinha do Professor Raimundo”. Com a Dona Cacilda, caiu nas graças do público.

“A Cacilda, nossa senhora. Foi com a Cacilda que eu comprei meu primeiro apartamento, com a Cacilda que eu viajei a primeira vez”, contou em entrevista.
Em 1996, com a estreia do humorístico “Sai de Baixo”, nasceu mais uma personagem de sucesso. Edileuza era afiada e não levava desaforo para casa. A dupla com Miguel Falabella marcou a história do programa. Os dois criaram uma parceria constante.

Claudia Jimenez fez participações em várias novelas da TV Globo, entre elas “Torre de Babel”, em 1998, e “América”, em 2005.

Discreta na sua vida pessoal, Claudia foi casada durante dez anos com a personal trainer Stella Torreão. Mesmo separadas, continuavam dividindo a mesma casa.

Ao longo da vida, os problemas de saúde se tornaram um desafio. Em 1986, ela foi diagnosticada com um câncer no tórax e precisou fazer radioterapia.

“Depois que eu tive o câncer, eu passei a ver a vida com outra ótica, completamente diferente. Você passa a ver que a vida é finita mesmo, não é um ensaio”, disse em entrevista ao Bom Dia Brasil em 1997
Em 1999, sofreu um infarto e precisou colocar cinco pontes de safena. Três anos depois, fez uma cirurgia para substituir a válvula aórtica e, em 2014, colocou um marcapasso.

“Eu sou uma guerreira. Chegam perto de mim e falam: vamos trocar a valvula aórtica. Ok, vamos. Vamos fazer cinco pontes de safena. Ok. Vamos botar um marcapasso. Ok. Depois, eu comecei a me divertir com isso. Às vezes eu entrava em uma loja, o troço apitava e eu dizia: ‘Eu não estou roubando nada. É um marcapasso!”, brincou ao falar sobre a saúde em entrevista ao Fantástico em 2014.
Claudia Jimenez estava internada em um hospital da Zona Sul do Rio e morreu na manhã deste sábado, de insuficiência cardíaca. Apesar da saúde debilitada, ela enfrentava os problemas com coragem e otimismo.

Para os amigos e fãs, fica a lembrança do jeito brincalhão e espontâneo, além da memória do seu talento que vai ficar eternizado nas gravações.

A última aparição na TV foi há quatro anos, na minissérie “Infratores”, exibida no Fantástico.