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Cientistas transformam células cancerígenas em unidades musculares saudáveis
Equipe investigou a chamada “terapia de diferenciação” aplicada a um tipo de câncer comum no público pediátrico
Uma técnica inovadora que transforma células cancerígenas em funcionais saudáveis pode representar uma nova opção para o tratamento de pacientes oncológicos.
Cientistas do Laboratório Cold Spring Harbor (Cold Spring Harbor Laboratory), liderados pelo pesquisador Christopher Vakoc, investigaram a chamada “terapia de diferenciação” aplicada a um agressivo tipo de câncer comum no público pediátrico, o rabdomiossarcoma (RMS).
“Todo medicamento de sucesso tem sua história de origem. E pesquisas como essa são o solo a partir do qual nascem novos medicamentos”, afirmou Vakoc.
Para chegar ao resultado esperado, a equipe de pesquisadores desenvolveu uma nova técnica de rastreio genético.
Por meio da tecnologia de edição de genoma, eles buscaram genes que, quando interrompidos, forçariam as células RMS a se transformarem em células musculares. De acordo com os cientistas, as células RMS se assemelham às células musculares das crianças.
Em meio ao procedimento surgiu uma proteína chamada NF-Y. Quando tal proteína se esgotou nas células cancerígenas, o grupo observou a transformação.
“As células literalmente se transformam em músculos. O tumor perde todos os atributos do câncer. Eles estão mudando de uma célula que só quer produzir mais de si mesma para células dedicadas à contração. Como toda a sua energia e recursos estão agora dedicados à contração, não pode voltar a este estado de multiplicação”, descreveu o pesquisador.
De acordo com os pesquisadores, a relação entre a proteína e as células cancerígenas pode ser o mecanismo necessário para levar a terapia de diferenciação aos pacientes oncológicos.
A equipe acredita ainda que, futuramente, tecnologia poderá ser aplicada a outros tipos de câncer.
“Essa tecnologia pode permitir que você pegue qualquer câncer e procure como diferenciá-lo”, explica Vakoc. “Este pode ser um passo fundamental para tornar a terapia de diferenciação mais acessível.”
Por Renata Souzada CNN