Esporte
Após eliminação na Copa do Brasil, meia se emociona e desabafa sobre situação do futebol no Acre
O meia-atacante Luiz Henrique, o Pisika, não conteve
O meia-atacante Luiz Henrique, o Pisika, não conteve a emoção após a eliminação do Humaitá na Copa do Brasil. O Tourão de Porto Acre foi derrotado pelo Coritiba por 3 a 0, nesta quinta-feira (23), no estádio Florestão, em Rio Branco (AC), em confronto da primeira fase. O jogador entrou aos 15 minutos do segundo tempo no lugar do meia-atacante Felipinho.
Logo após o apito final, Pisika falou sobre a dificuldade do confronto contra o Coxa e embargou a voz após se emocionar ao falar sobre a importância que era uma classificação para segunda fase do torneio.
– A gente sabia que a gente tava jogando contra um time de Série A e não podia errar, e agente errou ali no início, mas é como a gente sabe. É uma diferença muito grande, a gente em nenhum momento deixou de lutar, deixou de jogar, as vezes a gente acaba se emocionando um pouco porque aqui é a oportunidade da nossa vida, tanto financeiramente, pra nossas famílias, como para o clube, mas é levantar a cabeça, tem a sequência da temporada e, se Deus quiser, a gente poder dar alegria tanto para o torcedor do Acre como para torcida do Humaitá – disse.
Ao ser questionado sobre motivo do apelido Pisika, o jogador aproveitou a oportunidade para fazer um desabafo sobre a situação do futebol no Acre e chamou a atenção do poder público. O estádio Florestão é a única praça esportiva no Acre apta a receber jogos oficiais, já que a Arena da Floresta, que é administrada pelo governo, está interditada pela Justiça.
– A gente respeita o nome, Pisika é desde pequeno, mas é isso a gente luta contra tudo e contra todos, vocês viram a dificuldade do campo, enaltecer a Federação de Futebol do Acre, o presidente Antônio Aquino Lopes, que querendo ou não, se não tivesse esse campo nós ia jogar aonde? O estado não ajuda em nada, quando é política todo mundo aparece “ah, eu sou o candidato do esporte, eu sou o candidato disso” e hoje estamos vendo aqui. Se não tivesse esse campo, a gente ia jogar onde? Poder público, governador, escuta governador, nós estamos em rede nacional. Olha para o futebol. Político, olha para o futebol do Acre, nós somos atletas, somos pai de família também p*#@ – desabafa.
Apesar da eliminação precoce na competição nacional, o meia-atacante demonstrou otimismo em relação a sequência da temporada. O Humaitá tem no calendário a Copa Verde, Campeonato Acreano e Brasileiro da Série D.
– Dá sim (de esperar melhores resultados no ano). A gente jogou contra um time gigante do futebol brasileiro, vocês viram aí. Teve um momento que a gente conseguiu equilibrar o jogo, o gol no início do jogo acaba com qualquer equipe e tem muita coisa para acontecer no ano do Humaitá. Se Deus quiser, nós vamos dar muita felicidade para torcida – finaliza.
Com e eliminação na Copa do Brasil, o Humaitá volta as atenções para a Copa Verde. O time encara o Remo na próxima quarta-feira (1), no estádio Baenão, em Belém (PA), pelas oitavas de final.
Já pelo estadual, o atual campeão acreano estreia dia 4 de março contra o Andirá, às 15h, no estádio Florestão. O time está no grupo A ao lado da Adesg, Andirá, Independência, Plácido de Castro e Rio Branco-AC.
Por Kelton Pinho