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Esporte

A 100 dias da Copa, Brasil vence Alemanha e se fortalece para o Mundial

O Brasil mostrou facetas diferentes contra as duas

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O Brasil mostrou facetas diferentes contra as duas melhores seleções da Europa na última Data Fifa antes da Copa do Mundo. Depois de mostrar resistência e poder de reação contra a Inglaterra, em Wembley, na Finalissima, empatar a decisão nos minutos finais do tempo regulamentar e vender caro a derrota nas cobranças de pênaltis, as comandadas de Pia Sundhage foram ousadas nesta terça-feira, em Nuremberg. As meninas de Pia Sundhage conseguiram se impor na casa das bicampeãs mundiais (2003 e 2007) e deixaram ótima impressão antes do anúncio da lista final para o torneio na Austrália e na Nova Zelândia. A lateral-esquerda Tamires e a volante Ary Borges balançaram a rede no triunfo por 2 x 1 no Estádio Max Marlock. Jule Brand diminuiu para as anfitriãs a dois minutos do encerramento do duelo.

Reativo na Finalíssima contra a Inglaterra na quinta-feira passada, em Wembley, o Brasil mostrou uma outra cara diante da Alemanha. Tomou a iniciativa da partida e surpreendeu a Alemanha com uma boa distribuição em campo, organização defensiva e agressividade ofensiva no sistema tático 4-4-2 adotado pela treinadora sueca Pia Sundhage. Os desfalques em série motivaram a escolha por uma formação jovem com média de 27,8 anos. Era de 29,2 na Olimpíada de Tóquio.

A Seleção abriu o placar recorrendo a uma virtude da zagueira Rafaelle fez lançamento longo em busca de Gabi Nunes. A atacante dominou a bola em direção à meta alemã e dividiu com a goleira Ann-Katrin Berger. A jogadora do Chelsea deu rebote e a lateral Tamires aproveitou para abrir o placar finalizando de pé direito, aos 10 minutos do primeiro tempo.

A abertura do placar deu tranquilidade para o Brasil mostrar outra faceta. Em vez do futebol reativo à espera de uma bola contra a Inglaterra, a Seleção mostrou maturidade para administrar o placar parcial, ceder poucas oportunidades às alemãs e exercitar jogadas ensaiadas em busca do segundo gol. Aos 37 minutos, Ary Borges fez uma cobrança curta de escanteio em uma trama com Kerolin, recebeu de volta e cruzou fechado. A bola traiçoeira iludiu atacantes, marcadoras e a goleira germânica e entrou. A Seleção levava uma vantagem imensa para o intervalo.

Confortável na partida, o Brasil recuou na etapa final à espera dos espaços que a Alemanha ofereceria em busca do empate. As adversárias apostavam nos cruzamentos, porém a bateria antiaérea de Pia Sundhage impedia as anfitriãs de se aproximarem perigosamente do gol de Lelê.

Sólida defensivamente, a Seleção insistia nos lançamentos longos para explorar a velocidade das atacantes. Em alguns trechos do jogo, mantinha a posse de bola com lances de plasticidade como uma bola de Geyse entre as canetas da marcadora. O lance descontraiu a torcida na arena.

Se em Wembley, o Brasil mostrou organização, força ofensiva e perseverança para buscar o empate até o fim contra a Inglaterra, nesta terça sobrou tranquilidade para administrar o resultado do início ao fim com pouco ou nenhum sofrimento. A Seleção não perdeu o controle da partida diante seleção segunda colocada no ranking feminino da Fifa. Pia amarrou a Alemanha até Jule Brand diminuir o placar a dois minutinhos da conclusão da partida e encerra a turnê pela Europa com um empate e uma vitória diante de duas seleções protagonistas da decisão da Eurocopa no ano passado, ne Inglaterra.

Marcos Paulo Lima