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Policial

(Vídeo) Influencer evangélico confessou “pecados” em vídeo antes de ser preso acusado de 3 estupros

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Acusado de estuprar três fiéis que frequentavam o grupo religioso Galpão, em Barueri, na Grande São Paulo, o influencer evangélico Victor Bonato postou um vídeo nas redes sociais na véspera da sua prisão, no mês passado, confessando ter cometido “pecados” e pedindo “perdão às meninas”. Ele continua preso.

“Eu quero pedir perdão às meninas com quem eu falhei, que eu defraudei, que eu magoei, com quem eu não tive atitude de homem”, disse Victor, em 19 de setembro, um dia antes de sua prisão temporária ser decretada pela Justiça de Sâo Paulo e cumprida pela polícia. “Eu vim confessar para ficar claro que eu errei. E eu falhei, não o Galpão”, disse ele, que foi afastado do grupo religioso. Ele ainda diz no vídeo ter “desagradado o coração de Deus” e afirma estar “envergonhado e arrependido”. “Nos últimos meses eu cometi alguns pecados. Eu caí em imoralidade, iniquidade. Eu fui contrário a tudo o que eu prego”, acrescentou.

No mesmo dia em que Victor compartilhou o vídeo no Instagram, o Galpão publicou uma nota afirmando que ele não fazia mais parte do movimento religioso, fundado por ele há dois anos.

Segundo o Metrópoles, as vítimas são duas estudantes de medicina que têm 19 e 20 anos, e uma empresária de 24 anos. As três denunciaram o caso em setembro, na Delegacia da Mulher de Barueri, afirmando que Victor usava sua influência religiosa para pressionar mulheres a fazer sexo. Apontando risco de fuga, o Ministério Público pediu a prisão de Victor, decretada no último dia 20. Ele foi preso no mesmo dia, no interior de São Paulo.

Na decisão da Justiça, é sinalizado que as três vítimas conheceram Victor “como uma pessoa religiosa e correta”, frequentando o Galpão. Elas desenvolveram um grau de amizade com ele, passando a frequentar a casa do influencer, até que “ele as abordou com intuito sexual”.

Duas delas “relatam que foram agredidas durante o ato sexual e obrigadas, mediante força, a fazer sexo oral no suspeito”. “Todas as três vítimas disseram que foram persuadidas a aceitar ato libidinoso ou conjunção carnal, inclusive pela influência exercida pelo suspeito em razão de sua autoridade religiosa como um dos líderes do grupo e pela agressividade dele”, diz ainda a decisão do juiz Fabio Calheiros do Nascimento, da 2ª Vara Criminal de Barueri.

A advogada Samara Santos, que representa Victor Bonato, disse que ele nega as acusações e ainda vai ser ouvido pela polícia.

“A alegação anunciada na mídia será contestada por meio de provas dentro do processo, em conformidade com o ordenamento jurídico, com o objetivo de esclarecer os fatos e estabelecer a verdade como prevalecente, pois nosso objetivo é a defesa dos fatos, não do sensacionalismo causado nas mídias veiculares”, diz ela em nota.

Por Correio24horas