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Policial

Questão indígena: Ibama assume linha de frente contra garimpo ilegal

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O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) assumiu a linha de frente no combate aos invasores da terra dos ianomâmis. Apoiados por soldados da Força Nacional, desde segunda-feira vem realizando ações de repressão aos garimpeiros, que, apesar da proximidade do começo da operação militar e policial de desocupação da reserva, continuam transportando gêneros, combustíveis e equipamentos para os exploradores.

Até a noite de terça-feira, as operações do Ibama e da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) apreenderam duas armas e três barcos, com aproximadamente cinco mil litros de combustível. Também foram destruídos um helicóptero, um avião, um trator de esteira usado para abrir estradas na floresta, além de estruturas de apoio logístico aos irregulares.

Na fiscalização fluvial, em embarcações do tipo “voadeiras” — compridas e com um motor de popa —, as equipes interceptaram, além da gasolina e diesel, uma tonelada de alimentos, freezers, geradores e antenas de internet. “Todos os suprimentos foram apreendidos e serão usados para abastecer a base de controle. Nenhuma embarcação com carregamento de combustível e equipamentos será autorizada a seguir”, assegurou o Ibama, por meio de nota.

O instituto também vem fiscalizando distribuidoras e revendedoras responsáveis pelo comércio irregular de combustível de aviação que abastece os garimpos. O objetivo da operação é inviabilizar linhas de suprimento e rotas que abastecem e escoam a produção do garimpo, além de garantir a permanência das equipes do Ibama por prazo indeterminado.

No espaço aéreo, a operação vem sendo realizada pelo Grupo Especializado de Fiscalização (GEF) do instituto, que rastreia as pistas de pouso clandestinas. “Sobrevoos para identificar e destruir a infraestrutura do garimpo, como aviões, helicópteros, motores e instalações, serão mantidos”, garante a nota do Ibama. As equipes contam com indígenas da região no auxílio às ações contra os invasores.

IBAMA