Policial
PF encerra inquérito e indicia Renato Cariani por tráfico de Drogas e lavagem de dinheiro
A Polícia Federal (PF) concluiu o inquérito contra o influenciador fitness Renato Cariani por suspeita de desvio de produtos químicos para a produção de drogas. Após dez meses de investigação, ele e mais duas pessoas foram indiciados pelos crimes de tráfico equiparado, associação para tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.
O relatório final não pediu a prisão de nenhum dos indiciados. Todos poderão responder em liberdade.
A conclusão das apurações da PF foi encaminhada para o Ministério Público Federal (MPF), que irá analisar o relatório e definir se irá denunciar o grupo ou não.
Além de Cariani, foram denunciados Roseli Dorth, sócia do influenciador na indústria química, e Fábio Spinola. Eles foram apontados pela PF como responsáveis por usar a empresa para falsificar notas fiscais de vendas de produtos para multinacionais farmacêuticas.
O que diz a investigação
Segundo a PF, cerca de 12 toneladas de produtos químicos como fenacetina, acetona, éter etílico, ácido clorídrico, manitol e acetato de etila, por exemplo, teriam sido desviadas por meio de 60 transações dissimuladas. Essas substâncias, por sua vez, seriam utilizadas para a produção de aproximadamente 19 toneladas de cocaína e crack, ainda de acordo com a corporação.
“As investigações revelaram, ainda, que os envolvidos empregavam diversas metodologias para ocultar e dissimular a procedência ilícita dos valores recebidos, tais como interpostas pessoas e constituição de empresas fictícias”, explicou a polícia em nota.
Ainda de acordo com a PF, Cariani e Dorth tinham conhecimento e participavam diretamente do esquema. As autoridades explicaram que as provas foram coletadas por meio de interceptações telefônicas feitas com autorização judicial.
Spinola seria o responsável por esquematizar o repasse dos insumos entre a Anidrol e o tráfico.
O que diz Cariani
Desde que sua empresa foi alvo da operação da PF, o influenciador tem usado suas redes sociais para dizer que é inocente e explicar para seu público tópicos das investigações.
“Fui surpreendido com um mandado de busca e apreensão da polícia na minha casa, onde eu fui informado que não só a minha empresa, mas várias empresas estão sendo investigadas num processo que eu não sei, porque ele corre em ‘processo de justiça’ [sic]. Então, meus advogados agora vão dar entrada pedindo para ver esse processo e, aí sim, eu vou entender o que consta nessa investigação”, afirmou em vídeo.
Ele ainda informou que que seus advogados ainda não tiveram acesso ao processo na época.
No dia 18 de dezembro, prestou depoimento na sede da PF em São Paulo e sua defesa disse que respondeu a todas as perguntas que foram feitas.
TV Cultura