Política
Esperança do bolsonarismo, Raul Araújo assume Corregedoria do TSE
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) elege, nesta terça-feira (21/11), o novo corregedor-geral eleitoral da Corte. De acordo com os critérios de sucessão, o cargo deve ser ocupado pelo ministro Raul Araújo.
Ele substitui Benedito Gonçalves, que deixou de ser titular da Corte no início de novembro. Raul iniciou o mandato como membro efetivo do TSE, em setembro de 2022, e permanecerá até setembro de 2024.
Com perfil mais alinhado ao bolsonarismo, o ministro será relator de todas as Ações de Investigação Judicial Eleitoral (Aijes). Entre elas estão sete ações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e duas contra o atual chefe do Executivo, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Araújo tem histórico de posicionamentos favoráveis ao ex-presidente. Ele votou contra a condenação de Bolsonaro e seu vice nas eleições presidenciais de 2022, Walter Braga Netto (PL), nas ações que resultaram na inelegibilidade dos integrantes da chapa.
Na contramão da maioria dos ministros, Raul julgou improcedente a ação que acusava o ex-presidente de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação por ataques, sem provas ao processo eleitoral, durante reunião com embaixadores no ano passado. Araújo viu “ausência de gravidade” nas falas de Bolsonaro.
O ministro também foi contra a condenação no julgamento que avaliava o uso eleitoral das comemorações do 7 de Setembro, no ano passado, pela chapa de Bolsonaro e Braga Netto. Na ocasião, ele disse “não considerar que os discursos proferidos em cima de trios elétricos sejam considerados ou confundidos com a continuidade dos atos oficiais dos desfiles cívico-militares”. Em ambas as ações, a chapa acabou condenada
Hugo Barreto/Metrópoles