Policial
Polícia do AC analisa câmeras de segurança para identificar responsável por deixar bebê em lixeira
Imagens captadas por equipamentos instalados em residências da região são o principal material colhido pela investigação até o momento. Polícia também aguarda laudo cadavérico que vai determinar a causa da morte do bebê.
A Polícia Civil está analisando câmeras de segurança para chegar ao responsável por deixar um bebê morto em uma lixeira na Rua São Mateus, no bairro Nova Esperança, em Rio Branco, na última sexta-feira (11).
De acordo com a delegada Carla Fabíola, da Delegacia de Atendimento à Criança e ao Adolescente Vítima (Decav), as imagens são o principal material colhido até o momento, e vão permitir identificar suspeitos e o horário em que o recém-nascido no local.
“A Decav já iniciou as investigações, colheram as câmeras de segurança dos locais próximos à lixeira onde foi encontrado o bebê, e estamos analisando todas as câmeras, todas as imagens para detalhar realmente qual foi o horário, quem foi que realmente deixou o bebê no local”, disse.
O corpo foi encontrado dentro de um saco de lixo preto e deixado na lixeira, e foi visto por moradores após urubus rasgarem o saco e deixarem a mão da criança para fora. Inicialmente, os populares acharam que era uma boneca, mas depois perceberam que se tratava de uma criança e chamaram a Polícia Militar.
O Centro de Operações da Polícia Militar (Copom) informou que um médico do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) confirmou a morte da criança. Contudo, não foi possível identificar o sexo e nem o tempo de vida da vítima. Apenas o laudo deve confirmar o tempo de vida do recém-nascido, além do sexo do bebê.
A delegada afirma ainda que aguarda o resultado do laudo cadavérico que será produzido pelo Instituto Médico Legal (IML) em até 10 dias, e vai determinar as causas da morte do bebê. Carla Fabíola afirma que as apurações buscam identificar se ocorreu crime de homicídio culposo ou doloso, ou se foi um caso de aborto. O corpo segue no IML.
“Estamos ouvindo as testemunhas, por ser um local que tem muita residência, próximo ao local onde foi encontrada a criança. A pena no caso do homicídio doloso, por ser uma criança menor de quatorze anos, pode chegar até trinta anos de reclusão”, explicou.
Por Victor Lebre, g1 AC