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Morando no Acre e foragido há 18 anos, acusado de matar três pescadores em chacina é condenado à prisão

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O Tribunal do Júri do Mato Grosso condenou nesta semana Joilson James Queiroz, de 58 anos, acusado de matar três pescadores na fazenda do ex-bicheiro João Arcanjo, em Várzea Grande, em 2004, a 46 anos de prisão.

Joilson ficou foragido por 18 anos e o juiz pediu prisão preventiva dele, já que, atualmente,o condenado mora no Acre, estado onde se escondeu após fugir. Ele foi encontrado pelo Núcleo de Inteligência da DHPP. O magistrado responsável pela decisão lembrou que o estado faz fronteira com a Bolívia, o que facilitaria uma possível fuga do condenado.

O homem foi condenado pelo homicídio de Pedro Francisco da Silva, José Ferreira de Almeida, Itamar Batista Barcelos e Areli Manoel de Oliveira.

Na decisão, o júri destacou que Joilson cometeu o crime por meio cruel, além de dificultar a defesa e ordenar o afogamento das vítimas. Ele era gerente da propriedade rural e aproveitou da autoridade do cargo para que os funcionários subordinados a ele cometessem os crimes. A pena teve como qualificadoras o motivo fútil, do meio cruel, do recurso que dificultou a defesa da vítima e do crime praticado para assegurar a impunidade de outro delito.

“Dessa forma, atendendo às graves circunstâncias dos crimes e observando o disposto na parte final do dispositivo citado, é suficiente para a reprovação dos fatos, o que aumento a pena em dobro, assim, torno definitiva a reprimenda em 46 (quarenta e seis) anos de reclusão”, diz trecho da decisão.

Além de Joilson James Queiroz, já foram condenados Aderval José dos Santos, vulgo “Paraíba”; Édio Gomes Júnior, vulgo “Edinho”; Noreci Ferreira Gomes, vulgo “Capitão do Mato”; e Valdinei Luiz Ademias da Silva pelo crime. O acusado Alderi de Souza Ferreira, vulgo “Tocanguira”, segue foragido.

Relembre o caso

Os crimes aconteceram na propriedade do ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro, nas represas de piscicultura, no dia 20 de março de 2004. De acordo com a denúncia do MP, os acusados trabalhavam na Fazenda São João e as vítimas teriam entrado na propriedade, sem autorização, para pescar.

A denúncia aponta que Joilson era o administrador da fazenda e os demais denunciados atuavam como seguranças. De acordo com o MP, foi Joilson que deu a ordem para os seguranças matarem três vítimas, após a primeira ter sido morta a tiros.

Além disso, as vítimas tiveram os corpos jogados em uma área à margem da estrada na localidade de Capão das Antas, em diferentes pontos, a fim de dificultar as investigações. Nas investigações, os acusados confirmaram que as vítimas foram amarradas e jogadas no lago em que pescavam e que demoraram pelo menos 20 minutos para morrer.

Por Redação ContilNet

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