Márcio Bittar na Aleac é chamado de “piloto da bandidagem” por conduzir orçamento paralelo

O debate esquentou na Assembleia Legislativa do Acre no finalzinho da sessão desta terça-feira (17). O deputado Roberto Duarte (MDB) voltou a cobrar dos parlamentares de situação que citem o senador Marcio Bittar em seus discursos, isso porque muitos dos projetos tocados pelo governador Gladson Cameli (PP) tem dinheiro enviado por Bittar e foi além: Afirmou que o senador emedebista foi o que mais enviou recursos para o Acre.

O deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB), em aparte ao discurso de Duarte, fez uma correção na fala do emedebista. Disse que quem mais enviou recursos para o Acre foi o então senador Tião Viana (PT/AC). “Não foi a Marina, não foi o Jorge, não foi o Sibá, que também foi senador por um tempo, e nem foi o Aníbal que assumiu um tempo, nem Flaviano, nem ninguém… Foi o senador Tião Viana. Essas coisas são da história. O Marcio Bittar tem que comer muito feijão com arroz para chegar próximo do que fez Tião Viana na infraestrutura desse estado”.

Mas, o discurso mais duro ainda estava por vir. Daniel Zen fez uso da palavra. Foi o último orador. Em sua fala, Zen disse que Duarte falou uma série de inverdades ao citar o senador Marcio Bittar como o uma espécie de ‘salvador da pátria’. Zen afirmou que Bittar usa o “orçamento secreto”, a mando de Bolsonaro, para comprar senadores e deputados federais.

Zen alertou que Bittar pode ser preso e advertiu Roberto Duarte para que se desvincule do senador bolsonarista. “O orçamento paralelo é a institucionalização da compra de votos de senadores e deputados que apoiam o governo federal. Uma coisa é você ter lá seus R$ 15 milhões, outra coisa é ter R$ 30 ou R$ 40 milhões a mais. Ele tem mais porque ele é o piloto da bandidagem, chamado orçamento paralelo: emenda extraorçamentária, coisa de bandido, de pilantra, de canalha, que utiliza recursos públicos para comprar o apoio de deputados e senadores. Vossa excelência acabou de vir aqui para falar de mentiras, despautérios, faltou com a verdade, usou de má fé. Utilizou uma retórica farsesca, burlesca, o que me decepciona demais. O senador que você apoia é um bandido. Se eu fosse você, me afastava enquanto é tempo para não ser preso também”, disparou Zen.

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