Política
Planalto tem segurança reforçada um dia antes de Bolsonaro voltar ao Brasil
A aproximação da volta do ex-presidente Jair Bolsonaro
A aproximação da volta do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao Brasil mobilizou a segurança pública em Brasília, cidade que foi alvo de atos de depredação provocados por bolsonaristas em 12 de dezembro de 2022 e em 8 de janeiro deste ano. Nesta quarta-feira (29/3), véspera da chegada do ex-presidente à capital do país, o esquema de segurança na Praça dos Três Poderes foi reforçado com grades e policiamento.
No Palácio do Planalto, o estacionamento público foi fechado com grades, e o acesso de servidores e visitantes é controlado. Viaturas da Polícia Militar do DF estão paradas em frente ao prédio, assim como militares do Exército equipados com escudos.
A PM também enviou equipes ao Congresso Nacional, que já conta com policiais legislativos e uma barreira de grades. Na sede do Supremo Tribunal Federal (STF) também militares e grades.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, informou que a Polícia Federal prepara esquema de segurança no Aeroporto de Brasília, onde Bolsonaro deverá desembarcar na manhã desta quinta (30/3) e é esperada a presença de apoiadores dele. Dino falou sobre os planos em audiência na Câmara dos Deputados, na terça.
Na ocasião, o chefe da segurança pública foi questionado pelo deputado de oposição Carlos Jordy (PL-RJ) sobre a possibilidade de novos atos de vandalismo na chegada de Bolsonaro e quais medidas de prevenção seriam tomadas. O parlamentar sugeriu que a PF cuidasse do aeroporto e das imediações.
De acordo com o ministro, os governos federal e do DF estão se coordenando para dividir as responsabilidades. O objetivo é impedir falhas como as que possibilitaram a invasão das sedes dos Três Poderes em janeiro. “A Polícia Federal vai cumprir a Constituição e a lei. Quem faz policiamento fora do aeroporto é a PM do DF, está na Constituição”, afirmou Dino. “No aeroporto, sim, nós faremos [a segurança]”, garantiu o ministro.
De acordo com a coluna Na Mira, do Metrópoles, a Secretaria de Segurança do Distrito Federal (SSP), a Polícia Federal (PF), a Inframérica e o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República temem que o desembarque de Bolsonaro seja marcado por tumulto e provoque um “nó” na malha aeroviária de todo o país.
A preocupação é que uma possível grande quantidade de apoiadores do ex-presidente no terminal atrapalhe a logística de pousos e decolagens em Brasília, o que pode se transformar em efeito cascata e se refletir em aeroportos de todo o território nacional.
“A chegada está prevista para 7h, justamente o horário de pico no aeroporto”, explicou uma fonte.
Raphael Veleda- Metrópoles