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(VÍDEO) Peixe elétrico de cerca de dois metros é capturado no igarapé Preto em Cruzeiro do Sul
Um pescador fisgou um poraquê, também conhecido
Um pescador fisgou um poraquê, também conhecido como peixe elétrico, durante uma pescaria na noite desta sexta-feira (28) no igarapé, em Cruzeiro do Sul.
O peixe capturado, segundo registro feito em vídeo e que repercute nas redes sociais, tem cerca de dois metros e pesa mais de 15 quilos.
O pescador não informou que destino deu ao peixe.
Poraquê
O poraquê possui o corpo alongado e cilíndrico, com apenas uma nadadeira anal, que se estende por quase todo o abdome – lembra a forma de uma enguia. Sua cabeça é achatada e a boca é equipada com uma fileira de dentes cônicos e afiados. A cor desse animal é sempre muito escura, porém a parte ventral de seu corpo é amarelada.
Por vezes a parte superior é marrom-escuro com pintas mais claras. Segundo Carlos David Santana, professor do Departamento de Pesca da UFRPE (Universidade Federal Rural de Pernambuco), o peso corpóreo de um Electrophorus electricus adulto pode atingir 20 quilos.
O nome poraquê, na língua tupi, significa “o que coloca para dormir”. Na verdade, esse peixe não poderia ter nome melhor. Graças à presença de células musculares especializadas, seu corpo é capaz de produzir energia (eletrogênese) e captá-la (eletro-recepção). Essas células, chamadas eletrócitos, encontram-se na cauda do animal – que corresponde a 90% do corpo do Electrophorus electricus. Um peixe-elétrico adulto pode ter cerca de dez mil mioeletroplacas, que são conjuntos de eletrócitos.
A diferença entre uma célula muscular normal e um eletrócito é que, enquanto a primeira se contrai ao receber um estímulo nervoso, a segunda é adaptada para transformar a excitação em eletricidade. Isso acontece por meio da entrada e saída de íons, com cargas positivas e negativas, nas células.
Esse fenômeno torna o poraquê capaz de matar um cavalo, com um choque de mais de 500 volts. Segundo diversos estudos realizados pelo INPA, esse peixe é capaz de produzir até 1500 volts. Não é de se admirar que o Electrophorus electricus já tenha feito muita gente “dormir”.
Por Noticias da Hora