Política
Mãe de criança autista denuncia perseguição em escola de Rio Branco; SEE investiga o caso
A mãe de um estudante da Escola João Batista Aguiar, em Rio Branco, Sinara Almeida, denunciou nesta quinta-feira, 5, que vem sofrendo pressão por parte do corpo estudantil, para retirar o filho da instituição, após episódios de crises e confusões na sala de aula.
Segundo o relato, o adolescente que está no 3° ano do ensino médio, possui gatilhos por problemas sofridos durante o período escolar, e por ser diferente dos outros colegas da classe, se envolveu em algumas brigas neste ano.
Desde então, ela vem sendo solicitada que encontre uma solução para os problemas, com pedidos para que retire o filho do colégio. Sinara destaca ainda que até o policiamento já foi chamado na escola, e ela recebeu uma intimação por um momento de desentendimento e agressão do filho contra uma aluna.
“O diretor me chamou na escola e sugeriu que eu tirasse ele de lá, me responsabilizou, perguntou se eu como mãe, o que poderia fazer pra resolver essa questão. Colocando a responsabilidade em mim, mesmo sabendo que ele tem autismo”, informa.
A mãe também conta que o filho reclama que sofre bullying no colégio, sendo muitas vezes deixado de lado, e não vai deixar impune toda a situação, que causa problemas para toda sua família.
“Eles querem que eu tire o meu filho de lá, mas eu estou e sempre vou lutar por ele. Reconheço sim que essas situações estão acontecendo, mas ele tem os seus direitos, e precisa terminar os estudos”, lamenta.
De acordo com a Secretaria de Educação do Estado do Acre (SEE), o caso já foi repassado para a repartição, e estão sendo tomadas todas as medidas cabíveis para resolver a situação da melhor forma possível.
Veja a nota:
“A Secretaria de Educação do Estado do Acre (SEE) já tomou conhecimento da situação envolvendo o aluno da Escola João Aguiar e está trabalhando em conjunto com a gestão da escola, a equipe pedagógica, o assistente social e profissionais da Educação Especial para entender o contexto e para que as melhores medidas sejam tomadas, garantindo tanto a segurança, quanto o aprendizado do estudante”.
Deylon Félix, ContilNet