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Em Sena Madureira, Pai e filho são presos suspeitos de abusar de mulher com deficiência mental 

Um idoso, de 72 anos, e o filho dele, de 40, foram presos

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Um idoso, de 72 anos, e o filho dele, de 40, foram presos pela Polícia Civil suspeito de estupro e violência doméstica contra uma mulher com deficiência mental, de 30 anos. A vítima é filha e irmã, respectivamente, dos suspeitos.

O crime ocorreu na zona rural de Sena Madureira, interior do Acre, e a dupla foi presa preventivamente nessa terça-feira (28). A polícia soube do caso quando a irmã da vítima registrou um boletim de ocorrência.

A mulher buscou a delegacia e contou que a vítima mora com ela. Contudo, há duas semanas, ela precisou viajar para Rio Branco para tratamento de uma filha e deixou a irmã na companhia do pai e do irmão, que viviam próximos da casa dela.

Enquanto estava na capital, a mulher recebeu uma ligação de uma vizinha relatando que a irmã dela estava muito doente e precisava de ajuda. A mulher voltou para casa, pegou a irmã e levou para o hospital, onde foi descoberto o estupro e agressões que ela sofria dos parentes.

“Estive na casa, também esteve na delegacia, onde a ouvi. Ela quase não fala, mas é possível entender com paciência e fazendo as perguntas de forma fácil para ela. Ela morava antes com a mãe, esse irmão e o pai”, relatou o delegado Judson Barros, responsável pelo caso.

Os policiais descobriram que os abusos começaram quando a mãe da vítima ainda era viva. Porém, a vítima era ameaçada de morte pelo irmão. Quando a mãe morreu, ela foi morar com a irmã, mas o pai e o irmão tinham contato constantemente com ela.

“Ela nunca falou [do abuso], vinha sofrendo com esse irmão há algum tempo e não ia falar sobre isso de novo. O pai sabia que o filho abusava dela, ele mesmo também. Ela falou que abusaram, mas não disse a data e não temos como saber há quanto passava por isso”, lamentou.

O delegado confirmou que a vítima ficou sob poder dos suspeitos por cerca de uma semana enquanto a irmã viajava com a filha doente. Nesse período, a vítima foi agredida e tinha marcas pelo corpo.

“Ela não falou nada com medo. Fui lá justamente conversar com ela. É um nível de maldade sem tamanho. O pai falou que o filho abusava, mas ele negou. O pai negou que abusava. Eles ficaram abusando dela durante todo esse tempo que ficou com eles”, contou.

Barros disse que vai acionar o serviço de assistência e psicológico para a vítima. A dupla foi encaminhada para o presídio da cidade. A Justiça expediu o mandado de prisão preventiva.

Por G1

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