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Com o apoio do Estado, bebê com cardiopatia congênita passa por cirurgia de sucesso em São Paulo

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Mais um caso de sucesso é celebrado pela família e pela Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre). Neste sábado, 15 de julho, é dia de comemoração de dois meses de vida do pequeno Rafael Nogueira. O bebê recebeu alta na quinta-feira, 13, após passar por cirurgia para corrigir uma alteração na estrutura do coração, diagnosticada nos primeiros dias de vida.

No dia 5 de junho, aos 21 dias de vida, o recém-nascido passou pela cirurgia no Hospital de Base, em São José do Rio Preto (SP). A cirurgia foi feita por meio de um convênio firmado entre a unidade hospitalar e o governo do Acre, por meio da Sesacre, e contou com a mediação do senador Alan Rick.


O pequeno nasceu em 15 de maio na maternidade de Feijó, interior do Acre, e logo nos primeiros dias de vida foi encaminhado à maternidade Bárbara Heliodora, em Rio Branco onde foi diagnosticado com o caso grave.

No aniversário de dois meses do primogênito, a mãe Karolina Nogueira, lembrou com emoção a conquista vencida pelo filho.

“As chances de ele chegar vivo ao Hospital de Base eram poucas por causa da baixa saturação. Graças a Deus chegamos, ele foi estabilizado e, no dia 5 de junho, ele foi para o centro cirúrgico. Ele tinha 10% de chance de vida após a cirurgia. Vê-lo hoje depois de tudo o que passou, é só para agradecer a Deus. É uma vitória dele e de cada um que se dispôs a ajudar”, disse emocionada.

A mãe do pequeno Rafael esperou 40 dias para poder ter o filho nos braços novamente após ele ficar estável de um inchaço causado por uma infecção. “Quando o peguei no colo foi inexplicável. Fico arrepiada só de lembrar. Foi uma alegria tão grande ver que ele já estava bem”, lembrou a mãe.

Dupla conquista
Rafael é a segunda criança a receber atendimento por meio do convênio para tratamento de casos da cardiologia pediátrica, uma das prioridades da Saúde do estado.

“O convênio está tramitando com a gente e estamos em fase de fechamento, mas o hospital já está atendendo desde os primeiros meses do ano”, ressaltou a secretária adjunta de Atenção à Saúde da Sesacre, Ana Cristina Moraes.

Os atendimentos pelo convênio são realizados com os recursos de emendas parlamentares que somam R$3,5 milhões destinados pela então senadora Mailza Assis, atual vice-governadora do Acre, e pelo senador Alan Rick, também mediador da realização do convênio.

“Só isso já valeria o nosso mandato. Poder salvar a vida do bebê Rafael. Ele é a segunda criança que recebe o atendimento e serão muitas mais, graças a esse convênio que articulamos entre o Hospital e a Sesacre, através da emenda que garantimos. É uma medida emergencial até que consigamos ter esse tipo de cirurgia de alta complexidade sendo ofertada no nosso estado”, celebrou o senador.

Com a identificação dos casos, a Central de Regulação Estadual encaminha os pedidos de atendimento à Central de Regulação de São Paulo e, em seguida, os bebês recebem o auxílio necessário via Tratamento Fora do Domicílio (TFD).

Cardiopatia Congênita
A cardiopatia congênita é uma alteração na estrutura do coração que pode surgir nas primeiras semanas de gestação do bebê. Quando o neném nasce, a complicação pode ser percebida na fadiga em geral, cansaço entre as mamadas, falta de ar, coloração azul pela oxigenação insuficiente do sangue e sudorese.

No caso de Rafael, a mãe explicou que o primeiro filho ficava com os lábios, mãos e pés roxos ao chorar, e aos três dias de vida foi encaminhado para Rio Branco.


Na capital, foi internado na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) da Maternidade Bárbara Heliodora, onde recebeu o diagnóstico. O pai, Francisco Nogueira, foi quem recebeu a notícia. “É o nosso primeiro filho e a todo momento ele ficou emotivo e tentou me passar a notícia de forma tranquila”, lembrou a mãe.

Os pais procuraram as autoridades e o secretário de Sáude, Pedro Pascoal, e o pequeno Rafael passou por tratamentos com antibiótico e diálise, além da necessidade de ser entubado. Também fez exames e, após a cirurgia, fez exercícios com redução da ventilação para conseguir respirar sozinho.

“Hoje, depois da alta, continuamos na cidade para monitorar o peso e a perna direita que teve complicação por causa de um cateter. Mas estamos sempre com o pensamento positivo de que vai dar certo”, concluiu a mãe.

Por Karolini Oliveira/ Agência de Noticias do Acre

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