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Afetados por distanciamento social, moradores do ramal Cassirian em Sena Madureira recebem ajuda humanitária

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Luana Lima-Fotos-Neto Lucena
Júlia Rodrigues de Souza, 74, viúva, mãe de 6 filhos, avó de 32 netos e bisavó de 26 bisnetos, ao abrir a porta se deparou com uma visita que não imaginava que seria tão rápida. Na varanda da casa de madeira, uma cesta básica e materiais de limpeza. Ao ver o provimento, emocionou-se, pois sabia que o seu neto, Sandro Souza, 40, conseguiu ajuda.Ainda jovem perdeu seu esposo e precisou aprender a roçar, plantar e caçar para a sobrevivência dos filhos. As marcas da idade em seu rosto e a dura realidade que ainda precisa lutar, pois ajuda a criar agora os netos. Moradora de um local de difícil acesso, vai à igreja próxima à sua casa para pedir a Deus que abençoe sua família.

Conversando com o neto, falou da impossibilidade de ir à cidade de Sena Madureira, pelo difícil acesso no ramal cheio de lama, devido às constantes chuvas e, também, por conta do novo coronavírus, uma ameaça aos idosos.Preocupado com a situação de sua avó, já que recentemente perdeu seu pai, Sandro Souza, vidraceiro, por intermédio de uma mensagem, solicitou à primeira-dama do Estado que ajudasse não só a seus familiares, mas 40 famílias que moram no ramal Cassirian, no km 130, sentido Rio Branco – Sena Madureira.

“Cresci e vivi nesse lugar, vendo agora o sofrimento deles, nesse momento de distanciamento social, pedi à primeira-dama que ajudasse esses moradores do ramal. Minha vontade é ajudar muitas pessoas, mas estou feliz e grato por de alguma forma ter ajudado essas famílias que terão um prato de comida em suas mesas”, salientou Sandro Souza.

O Governo do Estado, por meio do Gabinete da Primeira-Dama, com o apoio da Patrulha Maria da Penha, realizou na manhã deste sábado, 25, a entrega de cestas básicas e materiais de higiene para estas famílias em situação de vulnerabilidade social, do ramal Cassirian.

“Me emocionei com a história do Sandro, pois ele cresceu neste lugar e de alguma forma queria ajudar essas famílias. Sabendo da história dessa mulher guerreira, precisava ajudar a amenizar a necessidade nesse período que tem sido tão difícil para todos nós. Não só a dona Júlia, mas os moradores desse local que precisavam de assistência”, explicou a primeira-dama do Estado, Ana Paula Cameli.

Lúcia Oliveira Alves, 44, dona do lar, é moradora do ramal há exatos 30 anos. Casada e mãe de 8 filhos, quando viu a ajuda chegando, explicou que o esposo Raimundo Nonato Rodrigues de Souza, que trabalhava com roçado, agora não está trabalhando, pois é portador de hepatite B e debilitado em razão da doença, está em tratamento. Ela recebe R$ 80 reais de Bolsa Família e não tem condições no momento de sustentar sua família.

“Tenho filhos que já têm suas famílias, mas ainda tenho filhos menores para sustentar. Essas cestas básicas vão nos ajudar e muito nesse momento, pois não podemos ir até a cidade. Agradeço de coração essa ajuda”, disse Lúcia Alves.

Combate à violência doméstica e familiar
Na ocasião, a Patrulha Maria da Penha, coordenada pela major Alexsandra Rocha, realizou junto com a primeira-dama do Estado, a entrega das cestas básicas e uma visita de conscientização às mulheres do ramal no combate à violência doméstica e familiar.

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