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Rio Madeira atinge nível mais baixo da história, em Porto Velho (RO)

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O Rio Madeira atingiu o nível mais baixo da história, na cidade de Porto Velho, em Rondônia, nesta terça-feira (3). O Serviço Geológico do Brasil (SGB) registrou a cota de 1,02 m, nível mais baixo observado em quase 60 anos, desde o início da série histórica, em 1967.

De acordo com o monitoramento do SGB, essa é a seca mais severa da história. A marca desta terça-feira superou a cota de 1,10 m registrada duas vezes, nos meses de outubro e novembro, em 2023, até então a mínima histórica.

Um novo boletim de monitoramento hidrológico da bacia apontou que o rio teve uma pequena elevação ao longo da manhã, e a última cota observada foi de 1,07 m.

“Estamos acompanhando o cenário e devemos instalar, pela primeira vez na história de Porto Velho, uma régua que vai até a marca 0”, destacou o engenheiro hidrólogo Guilherme Jordão Cardoso, da Residência de Porto Velho (REPO).

Segundo o Serviço Geológico do Brasil (SGB), não há previsão de chuvas para a região e as projeções indicam que o nível do rio deve continuar a descer, agravando ainda mais a crise hídrica. A instalação da nova régua será realizada na quinta-feira (5).

Outras estações da Bacia do Rio Madeira também registraram cotas abaixo da faixa da normalidade. Na estação de Ji-Paraná (RO), a cota chegou a 6,10 m no início da semana, sendo a quarta menor da série histórica, atrás das cotas de 6,09 m em 2020; 6,08 m em 1998 e 6,02 m em 2021.

No município de Nova Mamoré (RO), a cota observada na estação de Jirau Jusante Beni foi 9,32 m, a quinta mais baixa. Já na estação de Guajará-Mirim (RO), a cota está dentro da faixa da normalidade: 5,72 m.

O país passa por um período de forte seca nas últimas semanas. De acordo com um levantamento do Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden), 16 estados brasileiros enfrentam seca severa considerada a pior do período nos últimos 44 anos.

Além do Rio Madeira, o Rio Solimões também atingiu o menor nível da história, com a marca de –0.94 cm, na cidade de Tabatinga, no interior do estado do Amazonas.

Mariana Grassoda CNN