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Rio Macauã em Sena Madureira parece mentira mas é verde

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O Rio Macauã, um dos maiores afluentes do Rio Iaco, que atravessa o município de Sena Madureira, vive um cenário desolador. Pela primeira vez em sua história, o rio está praticamente seco, um fenômeno sem precedentes que assusta os moradores da região. O forte verão deste ano é apontado como o principal responsável pelo desaparecimento das águas, afetando profundamente a vida local.

O impacto ambiental é evidente: sem água suficiente, grande parte dos peixes morreu, comprometendo a pesca, uma atividade importante para a subsistência de muitas famílias ribeirinhas. Os relatos são alarmantes, com moradores descrevendo que agora podem atravessar o leito do rio a cavalo, algo impensável em outros tempos.

Além da crise ambiental, a seca do Rio Macauã também afeta a logística da região. Sem o rio navegável, que sempre foi uma via essencial de transporte, os moradores precisam recorrer aos ramais para escoar suas produções agrícolas e fazer compras básicas. Ainda que essa alternativa tenha minimizado os danos, a preocupação com o futuro é crescente.

A situação exige uma reflexão urgente sobre as mudanças climáticas, o uso da terra e a gestão dos recursos hídricos na Amazônia. O fenômeno observado no Rio Macauã é mais um sinal de alerta sobre a fragilidade dos ecossistemas da região, que dependem do equilíbrio entre a natureza e as atividades humanas.

Os moradores de Sena Madureira vivem hoje uma realidade que parece mentira: um rio verde, outrora caudaloso, agora quase inexistente.

Por Pelegrino Sobrinho- Colaborador do Acreonline.net