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Política

Maduro bloqueia sites de notícias às vésperas da eleição na Venezuela

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Com as eleições se aproximando na Venezuela, o presidente Nicolás Maduro tomou medidas drásticas ao bloquear o acesso a vários sites de notícias independentes. A denúncia foi feita por uma organização não governamental e pelo sindicato da imprensa do país.

A organização VE Sin Filtro, que monitora a censura na internet, relatou que as restrições foram implementadas pelas principais operadoras de internet estatais e privadas da Venezuela, afetando os sites Tal Cual, El Estímulo, Runrunes, Analítico e Mediaanálisis. O próprio site do VE Sin Filtro, vinculado à ONG Conexión Segura y Libre, também foi bloqueado.As restrições começaram por volta do meio-dia (horário local) desta segunda-feira (22/7), conforme informou a VE Sin Filtro. O Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Imprensa (SNTP) confirmou essas informações.

De acordo com a imprensa local, a ordem de bloqueio partiu da Conatel (Comissão Nacional de Telecomunicações). Os sites estão inacessíveis para IPs na Venezuela.

Entre os sites bloqueados, pelo menos três são dedicados a verificar notícias falsas, como Espaja.com, Cazadores de Fake News e Observatorio Venezolano de Fake News. Os dois primeiros foram bloqueados no início da campanha eleitoral.

Com estas novas restrições, o número total de meios de comunicação bloqueados no país pelas principais operadoras ultrapassa 60, segundo a VE Sin Filtro. Muitos desses já estavam inacessíveis antes das eleições.

Preocupações Internacionais

No início de julho, o chefe de direitos humanos da ONU, Volker Turk, expressou preocupação com o aumento dos bloqueios de sites na Venezuela. Na época, ele mencionou que pelo menos 50 portais estavam restritos, um número que aumentou desde então.

Turk instou as autoridades venezuelanas a removerem as restrições ao espaço cívico e garantirem processos eleitorais transparentes e inclusivos, conforme os padrões internacionais. Ele fez essas declarações em um relatório publicado quase cinco meses após a expulsão do escritório do comissário de direitos humanos da ONU do país, em fevereiro.

jornal razão