Policial
Em Sena Madureira, jovem quase é degolada por linha de cerol
Um grave acidente envolvendo linha de cerol quase terminou em tragédia no último final de semana em Sena Madureira. Rayssa Gregório, que trafegava em sua motocicleta pela Rua Padre Egídio, foi surpreendida por uma linha com cerol — uma substância cortante comumente usada para empinar pipas.
A linha atravessava a avenida e atingiu a jovem na região do pescoço, causando ferimentos. Rayssa também sofreu um corte profundo nas mãos ao tentar se livrar da linha, sendo necessária assistência médica em uma unidade de saúde.
O uso de cerol é proibido no estado do Acre por representar um grave risco à vida e à segurança das pessoas, especialmente em áreas urbanas. Soltar pipas em locais inadequados ou com linhas cortantes pode configurar crime, conforme a legislação vigente.
Rayssa e moradores da região expressaram indignação diante do episódio e pedem ações mais rígidas das autoridades para coibir a prática perigosa. Em outros casos similares, ocorridos na capital Rio Branco, jovens já perderam a vida devido a ferimentos causados pelo uso de cerol.
O cerol é uma mistura de vidro moído e cola aplicada nas linhas de pipa para cortar outras linhas durante as competições. Embora tradicionalmente associado à brincadeira de empinar pipas, seu uso é extremamente perigoso. Motociclistas e ciclistas são as principais vítimas, mas pedestres também estão em risco.
No Acre, empinar pipas sem ser em locais apropriados ou com o uso de cerol é uma infração grave. A lei prevê multa e apreensão de material para quem for flagrado utilizando esse tipo de linha.
Casos como o de Rayssa reforçam a necessidade de campanhas de conscientização e ações preventivas, como fiscalização intensiva e a orientação de crianças e adolescentes sobre os perigos do cerol. Autoridades locais e a sociedade devem trabalhar juntas para evitar novas tragédias.
Se você presenciar alguém utilizando linhas cortantes, denuncie às autoridades competentes para evitar acidentes. Segurança é responsabilidade de todos.
Por Ronaldo Duarte