Política
Bocalom quer criar 150 cargos comissionados e ter estrutura semelhante à do PT
A reforma administrativa enviada aos vereadores
A reforma administrativa enviada aos vereadores pelo prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, deixará a estrutura da prefeitura semelhante à que tinha Marcus Alexandre (PT), até o ano de 2018, quando deixou o comando da cidade. Bocalom quer criar 150 cargos comissionados, além de cargos de secretário adjunto e assessorias especiais.
Se a proposta de Tião Bocalom for aprovada, as alterações feitas em 2019 pela ex-prefeita Socorro Neri (PSB), e que enxugaram a máquina pública municipal, ficarão para trás, e o prefeito progressista terá mais estrutura para aplicar o dinheiro que está nos cofres da prefeitura. Com impacto milionário, Bocalom recuou da orientação de aumentar salários de secretários, comissionados e o dele próprio.
“A expansão das atividades e serviços, aqui propostos, estão em desafino com o atual quadro de pessoal, de modo que, atualmente, a carência de servidores inviabilizará o exercício da função deste Poder e, por consequência, a qualidade da prestação administrativa’, justifica o prefeito em mensagem governamental enviada à Câmara Municipal de Rio Branco.
Além de criar cargos comissionados com salário de até R$ 9,1 mil, Bocalom tenta implantar na prefeitura dois cargos de assessor especial, os quais ficarão ligados diretamente a ele e, por consequência, receberão salários iguais aos dos secretários, o que atualmente soma, sem descontos, R$ 9,2 mil.
Além dessas propostas, Tião Bocalom quer criar duas novas secretarias: a de Agropecuária, que visará o auxílio ao homem do campo, e a de Desenvolvimento Econômico, Turismo, Tecnologia e lnovação. Esta última, segundo o prefeito, para fortalecer a estrutura de turismo da cidade, melhorando o setor econômico através da exploração das riquezas culturais, históricas e ambientais da cidade.
“Outras áreas de grande relevância como a tecnologia e a inovação, estavam voltadas a uma politica para manutenção dos órgãos da administração, sem levar em conta o aumento da demanda de serviços digitais e inteligentes pela população, capazes de democratizar o acesso aos serviços públicos e impulsionar a criação de emprego, dignidade e renda”, pontua o prefeito.
Caso os vereadores aprovem a reforma enviada pelo prefeito, Bocalom gastará R$ 15,5 milhões a mais, por ano, para manter a máquina girando. A previsão nos bastidores é que o projeto de reforma seja aprovado, mas vereadores alertam que Bocalom será ainda mais cobrado neste ano, uma vez que até dezembro a justificativa para pouco resultado em algumas áreas era o orçamento criado por Socorro Neri e que, obrigatoriamente, o progressista precisou seguir.
João Renato Jácome, do Notícias da Hora