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Espetáculo de cores e encantamento, Ipês florescem e transformam a paisagem de Rio Branco

Em meio ao céu límpido e ao ar seco típico do chamado “verão amazônico”, neste mês de agosto, um espetáculo silencioso tem roubado a cena nas ruas e praças de Rio Branco: a floração dos ipês. As árvores, da família Bignoniaceae, que em boa parte do ano passam despercebidas em meio ao verde da cidade, agora se vestem de cores vibrantes — amarelo, rosa e branco — e despertam sentimentos de encanto em moradores e visitantes.

Por onde se anda, não é difícil ver alguém com o celular em mãos tentando registrar a beleza dessas árvores que parecem desafiar a seca. Nas redes sociais, as imagens dos ipês se multiplicam, compartilhadas com legendas que misturam poesia e orgulho da cidade.


Órgãos públicos, escolas e instituições também têm publicado fotografias, ajudando a espalhar ainda mais esse cenário que transforma a capital acreana em um verdadeiro cartão-postal natural.

Curiosamente, é justamente no período mais quente e de baixa umidade que os ipês encontram as condições ideais para florescer dessa forma tão romântica, vestindo a cidade de cores e encantamento.


Quando a falta de água no solo obriga a árvore a economizar energia, ela deixa cair suas folhas e, em um processo natural e surpreendente, abre espaço para uma explosão de flores, com direito a tapetes de suas pétalas pelo chão. Esse ciclo, que dura poucas semanas, é um verdadeiro presente da natureza, lembrando que a vida sempre encontra caminhos para se reinventar e dar cor.

Diversidade que colore Rio Branco

O ipê é considerado um dos símbolos nacionais e reúne dezenas de espécies espalhadas pelo Brasil. Aqui no Acre, cinco delas se destacam: o ipê-rosa, o ipê-branco e três variações de ipê-amarelo. Cada uma com sua beleza singular, elas enchem de cores o cotidiano urbano e se tornam abrigo e alimento para diversas aves, que também ajudam a compor a paisagem viva e harmoniosa dessa época do ano.


Mais do que um fenômeno botânico, os ipês em flor representam um momento de encontro entre a cidade e sua gente. Famílias aproveitam para fazer passeios e registros fotográficos, enquanto artistas e fotógrafos encontram inspiração para suas criações. Para os moradores, o simples ato de parar por alguns instantes diante de uma árvore florida já é suficiente para renovar o espírito em meio à rotina corrida.


“Os ipês florescem justamente na estação seca, cada espécie em seu próprio tempo. Agora, em agosto, enchem a cidade de cores com seus tons de rosa, roxo, amarelo e, às vezes, até branco. Pertencem aos gêneros Handroanthus e Tabebuia, e sua floração segue até novembro. Além da beleza que encanta a todos, oferecem sombra e conforto térmico, atraem polinizadores como abelhas e beija-flores e tornam nossa cidade ainda mais acolhedora”, explicou Marinara Lusvardi, bióloga.


“Os ipês são árvores resistentes, adaptadas tanto ao ambiente urbano quanto ao nosso clima. É importante lembrar, porém, que cada espécie apresenta um sistema radicular diferente, o que deve ser avaliado antes do plantio próximo a construções. No viveiro de mudas do Horto Florestal, estamos cultivando ipês branco, rosa, roxo e amarelo, destinados exclusivamente ao paisagismo e aos plantios da cidade de Rio Branco, sem distribuição ao público. Além de sua resistência e adaptabilidade, os ipês oferecem uma beleza cênica única e contribuem para valorizar a paisagem urbana”, frisou Sônia Freitas, engenheira florestal da Secretaria Municipal de Meio Ambiente.

“Os ipês estão entre as espécies que utilizamos nas ações de plantio, tanto na recuperação de áreas de preservação permanente quanto no paisagismo e na arborização urbana de vias”, destacou a secretária municipal de Meio Ambiente, Flaviane Agustini Stedille.

Os ipês de Rio Branco são mais do que árvores: são parte da identidade da cidade. Símbolos de resistência, beleza e esperança, eles seguem florescendo ano após ano, marcando com suas cores intensas a memória e o coração de quem os contempla.

Luana Lima/Secom

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