Política
Oposição ocupa Congresso após prisão domiciliar de Bolsonaro

Após o Supremo Tribunal Federal (STF) decretar a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro na segunda-feira (4), parlamentares da oposição reagiram ocupando as mesas do plenário da Câmara e do Senado nesta terça-feira (5), em protesto.
Eles prometem permanecer ali até que os presidentes das Casas aceitem discutir três principais exigências:
1. Anistia geral e irrestrita para condenados por tentativa de golpe de Estado;
2. Impeachment do ministro Alexandre de Moraes, relator dos casos envolvendo Bolsonaro;
3. Votação da PEC do fim do foro privilegiado, o que faria com que Bolsonaro fosse julgado por um juiz comum e não pelo STF.
Durante uma coletiva de imprensa, o senador Flávio Bolsonaro afirmou que essas medidas são parte de um “pacote de paz”. Porém, outros parlamentares, como o deputado Sóstenes Cavalcante, disseram que estão “se apresentando para a guerra”, caso suas demandas não sejam atendidas.
O vice-presidente da Câmara, Altineu Côrtes, prometeu pautar o projeto de anistia caso assuma a presidência temporariamente, caso o presidente da Casa se ausente.
Entenda o que levou à prisão domiciliar
A prisão foi determinada após Bolsonaro descumprir uma ordem do STF: ele estava proibido de se manifestar nas redes sociais, inclusive por meio de terceiros. No domingo (3), Flávio Bolsonaro publicou uma mensagem atribuída ao pai. Isso levou Moraes a decidir pela prisão domiciliar.
Além disso, Bolsonaro é acusado de:
Participar de uma tentativa de golpe para evitar a posse de Lula;
Pressionar militares para suspender as eleições de 2022;
Ter planos para prender e até assassinar autoridades.
Ele nega todas as acusações.
A Procuradoria-Geral da República também pediu uma nova investigação contra ele e seu filho Eduardo Bolsonaro, que viajou aos EUA e passou a pedir sanções contra o Brasil e ministros do STF.