Formações milenares na Amazônia, geoglifos são apresentados na Expoacre

O formato de um círculo perfeitamente desenhado no interior de um quadrado parece algo simples. No entanto, a imagem ganha outra dimensão quando se descobre que a figura se estende por centenas de metros, em meio à floresta. E ainda mais quando vista do alto, de forma perfeita, a muitos metros do chão.

A figura descrita acima, conhecida como geoglifo Jacó Sá, é apenas uma entre centenas encontradas em terras acreanas a partir da década de 70, há cerca de 50 anos. Um mistério ainda em estudo por especialistas, os sítios arqueológicos geoglifos ganharam espaço especial no Parque de Exposições, durante a celebração histórica de 50 edições da feira da Expoacre.

A exposição, que é uma iniciativa da prefeitura de Rio Branco, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Turismo, Tecnologia e Inovação (SDTI), em parceria com o governo do Acre, está exposto no estande da Secretaria de Estado de Turismo e Empreendedorismo (Sete), no Parque de Exposições.

Os geoglifos, segundo o diretor de Turismo da Sete, Jackson Viana, são sítios arqueológicos que contam a história do Acre desde os tempos milenares, há mais de dois mil anos. Para o diretor, a parceria com a prefeitura é mais uma oportunidade para falar sobre a importância dos geoglifos e para destacar as políticas públicas que estão sendo desenvolvidas para o segmento.

“A gente vem em toda uma construção histórica, falando da nossa riqueza natural, dos nossos atrativos turísticos naturais, como é o Parque Nacional da Serra do Divisor, e falando daqueles atrativos turísticos que são histórico-culturais, entre eles, o geoglifo Jacó Sá, que é o único sítio arqueológico tombado e que está dentro do perímetro de Rio Branco. E nós fizemos esse convite para a prefeitura trazer toda essa estrutura para demonstrar e falar das políticas públicas que estão desenvolvendo para esse segmento”, destacou.

Ainda de acordo com o diretor, Rio Branco, além de ser a capital e ter a maior oferta de voos do estado, está no Mapa do Turismo Brasileiro e integra a rota ‘Conheça Rio Branco’. “Então, quando a gente vai falar de turismo no Acre, nada mais certo do que falarmos da nossa capital, que tem desenvolvido um bom trabalho relacionado à melhoria e à qualificação do turismo local”, enfatizou.

Tiago Viana, técnico de gestão pública da Direção de Turismo da Secretaria de Desenvolvimento e Turismo (SDTI), destacou o trabalho com o conceito de Turismo Inteligente, que busca planejar estratégias para promover a capital como destino turístico. “Nosso objetivo é empoderar as pessoas que moram aqui, mas também preparar a nossa capital para receber quem vem nos visitar”, afirmou.

“A nossa preparação aqui com os Geoglifos foi da cabeça aos pés. O teto do estande é inspirado no geoglifo Jacó Sá, e nossas camisas homenageiam dois geoglifos, o Jacó Sá e o Severino Calazans”, explicou Tiago Viana, técnico de gestão pública da Direção de Turismo da SDTI. Foto: Bruno Moraes
Segundo Tiago, a reação do público tem sido bastante positiva, com muitos visitantes se surpreendendo ao descobrir a riqueza histórica dos sítios na capital. “As pessoas se impressionam por saber que uma estrutura desse porte e com essa história está aqui na nossa cidade,” disse.

Além da exposição sobre os geoglifos, a equipe utilizou um jogo de dados para apresentar atrativos turísticos como o Parque Capitão Ciriaco e o Centro Cultural Neném Sombra, como uma forma divertida de mostrar aos visitantes que “há muito o que fazer em Rio Branco”, destacou Tiago.

Visitando a feira, Leonice Barros, o companheiro Matheus e a pequena Eva, curtiram a interação no espaço. “Eu achei bem legal, porque eu quis mostrar para ela [Eva] um pouco da nossa história, as fotos antigas, e aí tem também a parte das fotos atuais. E eu acho que é importante, né, deixar viva a história do nosso estado”. Sobre a visita, Eva expressou: “Eu achei muito legal”.

Karolini Oliveira-Agência de Notícias do Acre

Foto: Bruno Moraes