A Fundação do Câncer lançou a campanha “Bonito por fora, tóxico por dentro”, com o objetivo de conscientizar os jovens sobre os riscos à saúde causados pelo uso de cigarros eletrônicos. A ação integra o Movimento VapeOFF e marca o Dia Mundial sem Tabaco, neste sábado (31).
A campanha denuncia os apelos da indústria do tabaco que, com embalagens chamativas e sabores atrativos, seduzem principalmente adolescentes e jovens adultos. Segundo dados do Ministério da Saúde, 70% dos usuários de vape têm entre 15 e 24 anos.
Entre os malefícios à saúde estão a dependência em nicotina, doenças respiratórias e cardiovasculares, e até câncer. Estudos revelam que mais de 77% dos usuários não conseguem parar de fumar mesmo utilizando os dispositivos, o que desmonta a ideia de que o vape ajuda a abandonar o cigarro convencional.
A ação principal, chamada “Roleta que dá a real”, será realizada na Praia de Ipanema (RJ), com abordagem interativa ao público jovem. A campanha também será divulgada em redes sociais, transportes públicos e painéis eletrônicos.
Apesar da proibição da comercialização, importação e propaganda de cigarros eletrônicos no Brasil desde 2009, a fiscalização ainda é um desafio, e especialistas alertam para os riscos do aumento do consumo caso a venda seja liberada.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o país ainda protege melhor sua juventude do que outras nações onde o produto é legalizado, como EUA e Reino Unido. Um estudo do Inca também revelou que, para cada R\$ 1 de lucro da indústria do tabaco, o Brasil gasta R\$ 5 com o tratamento de doenças causadas pelo fumo.
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