Policial
Criminoso que abusou de mais de 120 crianças no Acre e outros estados tem nome revelado

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul segue com as investigações que resultaram na prisão de um homem acusado de cometer crimes sexuais contra pelo menos 158 crianças e adolescentes espalhadas por pelo menos 5 estados, incluindo o Acre.
O suspeito foi identificado como Ramiro Gonzaga Barros, de 36 anos. Ele é acusado de estuprar adolescentes, coletar e armazenar arquivos de pornografia infantil e cometer ameaças contra vítimas entre 9 e 13 anos.
Os demais estados onde as vítimas foram identificadas são Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso.
As investigações iniciais apontam que o número de vítimas deve superar 700, portanto, “vai aumentar o total de crianças identificadas”, disse o delegado Valeriano Garcia Neto, responsável pelas investigações.
“A equipe de investigação trabalha nesse momento examinando o laudo pericial do Instituto Geral de Perícias no sentido de identificar e trazer para a Polícia Civil essas vítimas, para fazerem seu relato no intuito de uma responsabilização adequada para Ramiro Gonzaga”, informou a autoridade.
O laudo apontou que o suspeito tinha pelo menos 750 pastas nos dispositivos eletrônicos “com nomes, partes de nomes, apelidos, nome de perfil em rede social”. Para cada vítima e crime cometido, está sendo instaurado um inquérito policial.
Entenda melhor o caso
No começo de abril, outro mandado de prisão preventiva por estupro de vulnerável foi cumprido contra o homem e, na última terça-feira, 29, um terceiro pedido foi emitido e cumprido após uma condenação da 1ª Vara de Garantias de Porto Alegre por estupro de vulnerável.
De acordo com as investigações, o último caso se trata de uma adolescente de 13 anos, então colega do homem em aulas de Muay Thai na cidade de Taquara. A vítima afirmou que, durante anos, o abusador a exigiu conteúdo pornográfico infantil e que ela enviava o material sob ameaça.
“É um caso nunca visto pela polícia e pelos peritos do IGP pela tamanha organização e materialidade de crimes dessa natureza. Na época dos crimes, todas as vítimas eram menores. Ele faz isso há pelo menos 16 anos”, acrescentou o delegado.
Todas as vítimas devem prestar depoimento e seus nomes estão mantidos em sigilo.
O suspeito criava perfis falsos nas redes sociais para praticar os crimes. Ele se passava por meninas para alcançar as vítimas. “Através de uma engenharia social, o criminoso criava uma amizade digital e induzia as vítimas a enviarem, inicialmente, uma foto nua. Em posse da foto, o homem pedia mais imagens. Caso recebesse negativas, ameaçava as vítimas que acabavam enviando mais material”, pontuou.
Os documentos coletados mostram que o suspeito chegava a orientar posições do corpo e da câmera de como as meninas deveriam se fotografar ou se filmar.
Fonte- Coltilnet