Conecte-se conosco

Cultura

Da Bahia ao Acre, o monólogo “Traga-me a Cabeça de Lima Barreto”

Publicado

em

Celebrando a genialidade do grande escritor brasileiro, monólogo estrelado por Hilton Cobra inicia em abril nova circulação nacional, alcançando todos os estados brasileiros.

Provocativo e poético, aclamado pela crítica e público, o monólogo Traga-me a Cabeça de Lima Barreto! cumprirá nova circulação nacional entre os meses de abril e maio, e será apresentado nas cidades de Rio Branco, Boa Vista, Macapá, Belém, Vitória, Campo Grande, Aracajú e Maceió, com uma novidade: cada cidade receberá uma exposição que trará uma linha do tempo sobre a vida e obra de Lima Barreto, composta por fotos históricas e textos de autores que pesquisam a obra desse gênio da nossa literatura.

Traga-me a cabeça de Lima Barreto!, que é encenada pelo ator Hilton Cobra, completa oito anos em cartaz e já realizou mais de 250 apresentações para cerca de 35 mil espectadores em 140 cidades de 19 estados. Importante informar que no final dessa turnê, o espetáculo alcançará algo raro: Todos os 27 estados brasileiros terão acesso a vida e obra do escritor Lima Barreto, através da linguagem teatral. Raro, talvez inédito.

Uma jornada de sucesso e reconhecimento
O espetáculo tem conquistado plateias e críticos por sua abordagem vigorosa, sensível e atual ao tratar de temas como racismo e eugenia. “Traga-me a Cabeça de Lima Barreto!” é um tributo à genialidade do escritor Lima Barreto, cuja obra continua extremamente relevante para pensar o Brasil contemporâneo. O texto, escrito pelo diretor e dramaturgo Luiz Marfuz, foi criado especialmente para celebrar os 40 anos de carreira de Hilton Cobra, e conta com a direção de Onisajé (Fernanda Júlia). A performance de Cobra como Lima Barreto é aclamada por sua intensidade e profundidade, trazendo à vida o legado deste ícone da literatura brasileira.

Sobre a peça
O monólogo propõe uma imaginária sessão de autópsia na cabeça de Lima Barreto, conduzida por um congresso de eugenistas no início do século XX. Após a morte do escritor, os médicos eugenistas decidem exumar seu corpo para responder a uma pergunta perturbadora: “como um cérebro, considerado inferior pelos eugenistas da época, poderia ter produzido obras literárias de tamanha qualidade, se a arte nobre e a boa escrita deveriam ser privilégio das raças consideradas superiores?”. A partir desse embate, a peça explora as múltiplas facetas da personalidade e da genialidade de Lima Barreto, refletindo sobre temas como loucura, racismo, eugenia, e os enfrentamentos políticos e literários de sua época.

 

A narrativa é enriquecida por trechos dos filmes “Homo Sapiens 1900” e “Arquitetura da Destruição”, gentilmente cedidos pelo cineasta sueco Peter Cohen, que mostram imagens impactantes da eugenia racial e da arte censurada pelo regime nazista. O cenário, assinado por Marcio Meirelles, é um verdadeiro manifesto de palavras, complementado pelo figurino de Biza Vianna, a luz de Jorginho de Carvalho, a direção de movimento de Zebrinha, a trilha sonora de Jarbas Bittencourt e a direção de vídeos de David Aynan. Além disso, vozes conhecidas como Lázaro Ramos, Caco Monteiro, Frank Menezes, Harildo Déda, Hebe Alves, Rui Manthur e Stephane Bourgade emprestam seus talentos para leituras em off, enriquecendo ainda mais a experiência do público.

Hilton Cobra: um ator em sintonia com Lima Barreto
Em cena, Hilton Cobra personifica com maestria o espírito inquieto e contestador de Lima Barreto, oferecendo uma performance autêntica e repleta de referências ancestrais. Nascido na Bahia e radicado no Rio de Janeiro, Cobra fundou em 2001 a Cia dos Comuns, um coletivo artístico dedicado à pesquisa teatral negra e à ampliação do espaço de atuação de artistas e técnicos negros nas artes cênicas. A companhia é responsável por produções aclamadas que abordam temas fundamentais para a contemporaneidade, como “A roda do mundo” (2001), “Candaces – A reconstrução do fogo” (2003, vencedor do Prêmio Shell de melhor música), “Bakulo – Os bem lembrados” (2005) e “Silêncio” (2007). Além disso, a Cia dos Comuns promoveu iniciativas como o Fórum Nacional de Performance Negra e a mostra “Olonadé – A cena negra brasileira”, reafirmando seu compromisso com a valorização e difusão da cultura negra no Brasil. Em 2024, a Cia dos Comuns recebeu o Prêmio Shell de Teatro na categoria “Energia que vem da gente” na 34ª edição do prêmio.

Recentemente, Hilton Cobra destacou-se na televisão interpretando o personagem Cata Ouro na telenovela “Fuzuê” (TV Globo, 2024) e na segunda temporada da série original Globoplay “Vicky e a Musa”, onde vive o diretor teatral Orlando Gutierrez. Sua trajetória é marcada por uma dedicação incansável à arte e à luta por representatividade, tornando-o um dos nomes mais respeitados do cenário cultural brasileiro.

“Traga-me a Cabeça de Lima Barreto!” não é apenas um espetáculo teatral, mas uma experiência transformadora que resgata a voz de um dos maiores pensadores do Brasil, cuja obra continua a inspirar e desafiar as estruturas sociais e culturais do país. Em 2025, o monólogo consolida seu lugar na história do teatro brasileiro, levando a genialidade de Lima Barreto e o talento de Hilton Cobra a novos públicos em todo o território nacional.

Prêmios e reconhecimentos:
Contemplado com o 4º PRÊMIO NACIONAL DE EXPRESSÕES CULTURAIS AFRO-BRASILEIRAS-2017 / Nacional;
Indicado ao PRÊMIO BRASKEM DE TEATRO-2017 nas categorias “Ator”, “Texto” e “Espetáculo” / Salvador;
Contemplado com o PRÊMIO BRASKEM DE TEATRO-2017 na categoria “Texto” / Salvador;
Indicado ao 9º PRÊMIO OLHARES DA CENA-2018 nas categorias “Ator”, “Texto” e “Espetáculo” / Porto Alegre;
Contemplado com o 9º PRÊMIO OLHARES DA CENA-2018 na categoria “Ator” / Porto Alegre;
Contemplado com o PRÊMIO QUESTÃO DE CRÍTICA-2018 Hilton Cobra por sua trajetória dedicada ao teatro e pelo Projeto Lima Barreto / Rio de Janeiro;
Contemplado com o PRÊMIO BRASKEM DE TEATRO-2019, na categoria “especial” / Salvador;
Contemplado com o PRÊMIO ARCANJO-2020, na categoria “especial” / São Paulo
Indicado ao PRÊMIO CENYM-2018 nas categorias “ator” e “monólogo” / Nacional;
Revista BRAVO: 30 melhores espetáculos-2018 / Nacional;
Jornal O GLOBO: 10 melhores espetáculos-2018 / Rio de Janeiro;
Blog do arcanjo: 10 melhores atores do ano-2018 / São Paulo.

A circulação de “Traga-me a cabeça de Lima Barreto! é uma realização da Comuns Eventos, contemplada pelo Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz / 2024 da Fundação Nacional de Artes – Funarte.

Ficha Técnica:
Ator – Hilton Cobra | Texto – Luiz Marfuz  | Direção  – Onisajé (Fernanda Júlia) | Cenário: Vila de Taipa (Erick Saboya, Igor Liberato e Márcio Meireles) | Desenho de Luz: Jorginho de Carvalho e Valmyr Ferreira | Figurino: Biza Vianna | Direção de Movimentos: Zebrinha | Direção Musical: Jarbas Bittencourt |Direção de vídeo: David Aynan | Produção executiva(SP): Lud Picosque | Produção local(AC): Camila Cabeça | Fotos: Lua Lucas e George Magaraia| Operador de áudio e vidéo: Duda Fonseca | Operador de luz: Daniel Almeida | Participações especiais (voz em off): Lázaro Ramos, Caco Monteiro, Jarbas Bittencourt, Frank Menezes, Harildo Deda, Hebe Alves, Rui Manthur e Stephane Bourgade.

SERVIÇO:
RIO BRANCO – AC
Espetáculo “Traga-me a cabeça de Lima Barreto!”
Local: USINA DE ARTE JOÃO DONATO
R. das Acácias, 1155 – Distrito Industrial, Rio Branco – AC, 69920-202
Data: 11.04.2025, horário: 20hs
Fone: (68) 3229-6892

Produtora local: CAMILA CABEÇA
Fone: (68) 99990-5292
E-mail: [email protected]

Informações para imprensa:
Target Assessoria de Comunicação
Com: Márcia Vilella | Letícia Reitberger
(21) 2284 2475 | 98158 9692 | 98158 9715
[email protected] | [email protected]

Cia dos Comuns:
Fones: 21-98804 6669
WhatsApp: 21-98804 6669
Facebook: Traga-me a cabeça de Lima Barreto
E-mail: [email protected]

Compartilhe a notícia:
Continue lendo