Nesta terça-feira (18), o procurador-geral da República, Paulo Gonet Branco, denunciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e ex-integrantes de seu governo ao Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. A denúncia inclui crimes como tentativa de abolição violenta do Estado democrático, organização criminosa, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. As penas somadas podem chegar a 38 anos de prisão.
A denúncia foi baseada em investigações da Polícia Federal (PF), que apontaram um plano articulado para desestabilizar a democracia, incluindo a disseminação de fake news sobre as urnas eletrônicas, a elaboração de uma “minuta do golpe” e até planos para assassinar o presidente Lula, o vice Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes.
O caso será analisado pelo ministro Alexandre de Moraes, relator da investigação no STF, que decidirá se os denunciados se tornarão réus. O julgamento ocorrerá na Primeira Turma do STF, composta por cinco ministros, com expectativa de conclusão até o fim do ano para evitar interferências nas eleições de 2026.
A investigação teve início após os ataques de 8 de janeiro de 2023, quando sedes dos Três Poderes foram invadidas. A PF identificou reuniões e documentos que comprovariam a intenção de Bolsonaro e aliados de questionar a lisura das eleições e promover uma ruptura institucional.
Por Acreonline.net
