Conecte-se conosco

Policial

No Acre, Justiça aciona polícia internacional para prender ex-vereador acusado de matar vizinho

Dessa forma, a polícia boliviana pode

Publicado

em

Dessa forma, a polícia boliviana pode e deve prender o ex-vereador a qualquer momento
A Organização Internacional de Polícia Criminal foi acionada pela Justiça do Acre para prender o ex-vereador de capixaba, Teio Tessinari, acusado de assassinar o vizinho Antônio Delzimarde 49 anos, no interior do município para esconder um roubo de gado que o próprio vereador fez.

No final do ano passado a juíza da Primeira Vara do Tribunal do Juri, Luana Campos, acatou a denúncia do Ministério Público do Acre (MPAC). O ex-vereador vai a julgamento com júri popular.

Em junho do ano passado, o vereador pediu licença da Câmara dos Vereadores por 30 dias, poucas horas depois do pedido no dia 16, ele matou com quatro tiros o pecuarista Antônio Deusimar Santiago da Silva.

O crime aconteceu em um ramal boliviano, que liga o município de Capixaba no lado brasileiro. As causas do crime foi a venda de bovinos, segundo o vereador, ele afirmava que Deusimar tinha roubado gado de sua propriedade.

Na delegacia de Capixaba, o vereador disse que atirou no pecuarista para se defender de uma possível agressão, porque os dois começaram uma discussão. Porém, o MPAC descarta essa tese, pois Deusimar levou tiros pelas costas.

“É uma legítima defesa sui generis, porque é uma defesa com um tiro pelas costas. Então, isso a gente sabe que na prática que não acontece. Esse caso o vereador tomou licença da Câmara por 30 dias, para executar esse senhor”, afirma o promotor, Carlos Pescador.

Na Justiça, a defesa do ex-vereador apresentou a denúncia prévia. Dessa forma, a juíza Luana Campos vai marcar o interrogatório das testemunhas. Vale lembrar que o caso foi transferido para a capital, porque a lei determina que homicídios em terras estrangeiras envolvendo brasileiros o julgamento deve ser feito na capital.

Teio Tessinari contratou advogado e apresentou a lista de testemunhas, mas a Justiça quer saber onde ele anda, pois, poucos dias após o crime ele não foi mais visto.

Assim que cometeu o crime, o ex-vereador prestou depoimento na Delegacia de Polícia Civil de Capixaba e logo em seguida, ele desapareceu. A polícia acredita que ele se refugiou na Bolívia. A Justiça decretou sua prisão preventiva e com sinal de alerta vermelho para Interpol. Dessa forma, a polícia boliviana pode e deve prender o ex-vereador a qualquer momento.

Por isso, a polícia boliviana foi contatada, caso encontre o ex-vereador deve apresentá-lo a uma autoridade policial do lado brasileiro. A família do pecuarista acredita que outras pessoas participaram do crime, mas como não havia testemunhas no local, ficou a tese de Teio, que afirmou estar sozinho na hora do crime. O Ministério Público do Acre espera que o ex-vereador seja preso até o julgamento, para que possa cumprir a pena, caso seja condenado.

“Eu fiz um pedido de prisão preventiva, a Juiza da Primeira Vara concordou e determinou que ele fosse preso. A defesa entrou com pedido de revogação e após isso, chegaram informações a mim de que ele estaria na Bolivia, razão pelo qual o Ministério Público entrou com a medida pedindo que o mandado de prisão fosse inserido na rede internacional de cumprimento de mandado de prisão. Com isso, caso a polícia boliviana o encontre, ela pode prender”, acrescenta Pescador.

A defesa do ex-vereador disse que está trabalhando para provar a tese de legitima defesa e que Teio vai comparecer ao julgamento. Até o momento, os advogados não quiseram gravar entrevista.

Escrito por Gisele Almeida- a Gazeta