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Professor de 53 anos morre após ser picado por cobra

Por Iryá Rodrigues,O professor Áureo Rocha Cavalcante, de 53 anos, morreu no Hospital do Juruá na ultima  segunda-feira (4), após ser picado por uma cobra quando voltava de uma pescaria na zona rural de Mâncio Lima, no interior do Acre.

Abalada, a mulher dele, Maria Aurineide da Silva, de 49 anos, contou que ele tinha ido pescar com um amigo, como gostava de fazer, e acabou sendo picado em um dos dedos do pé pelo animal. Na hora, ele sentiu muita dor, mas não viu que era uma cobra.

Foi o amigo que viu e contou, mas eles não conseguiram identificar qual era a espécie da cobra. Quando chegou em casa, o professor já estava com o dedo bastante inchado e a mulher resolveu levá-lo ao hospital da cidade.

Diante da situação, ele foi transferido para o Hospital do Juruá, em Cruzeiro do Sul, e lá um dos médicos que avaliou o quadro disse que ele teria que retirar o dedo. No entanto, como o professor era diabético, a situação ficou ainda mais complicada, os rins começaram a parar de funcionar e ele chegou a precisar fazer hemodiálise.

Com um quadro de anemia e muito inchado, a cirurgia para retirada do dedo foi adiada. Dias depois, ao apresentar leve melhora, ele teve alta médica para passar a virada do ano em casa com a família.

“Quando foi no domingo [3] ele reclamou que estava com falta de ar e levei ele de novo para o hospital de Mâncio Lima. Novamente ele foi transferido para Cruzeiro do Sul e lá ainda suspeitaram de Covid, mas um dos médicos descartou essa possibilidade e disse que era efeito ainda da picada da cobra. Ele ficou em observação e quando foi 5h45 de segunda [5] me avisaram que ele não tinha resistido”, lembrou a mulher.

Casados há 30 anos, ela contou que o marido era uma pessoa muito boa. Ele deixa três filhos e dois netos. “A gente era muito unido, tudo que um fazia, o outro sabia, sempre juntos, e agora ele se foi e vai deixar muita saudade em todos nós.”

A prefeitura de Mâncio Lima publicou uma nota de pesar após o falecimento do professor da rede estadual de ensino. Cavalcante era professor de educação física

“Áureo era um amante da profissão, o gosto pelos esportes o levou para a área da educação física, função que desempenhava com dedicação e muito amor. Como educador físico, formou dezenas de times de futsal, voleibol e futebol de campo. Professor dinâmico, descontraído, disciplinado. Áureo foi sempre figura emblemática, os jogos escolares tinham a sua cara, não se satisfazia em não ter seus times na final dos jogos. Professor Áureo deixa um legado de trabalho, dedicação e contribuição na história da educação de Mâncio Lima”, disse a prefeitura.

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